Estamos em Milão : eu e um grupo de finalistas que vieram a Itália em viagem de fim de curso. Foi já há anos, mas imaginamos que foi hoje e agora.
Encontramo-nos no Convento Dominicano de Santa Maria das Graças com o objectivo de admirar o fresco da Ultima Ceia de Leonardo da Vinci. Esta pintura foi encomendada pelo duque de Milão e encontra-se na parede do fundo do refeitório dos frades. Apresenta-se um pouco deteriorada ( data dos fins do sec.XV e talvez sem restauro...) mas mesmo assim é espantosa.
Parece que estamos a viver um filme . Ficamos de olhos pregados no fresco e sentimo-nos como participantes dele. Recordamos todos os momentos.
No silêncio que se faz, é como se estivéssemos ceando com os apóstolos; como se também a nós Jesus tivesse lavado os pés e nos tivesse denunciado, veladamente, quem era o que o ia trair ; como se observássemos cada um dos apóstolos e tivéssemos trocado o olhar com Jesus que também a nós ofereceu o pão e o vinho que são o Seu corpo e o Seu sangue.
É a custo que despegamos o olhar dessa pintura que representa a dádiva maravilhosa da Eucaristia.
É em silêncio, um silêncio profundo e sentido, que saímos levando connosco esta imagem que é um convite.
Que não guardemos esta recordação apenas na memória mas que ela fique impressa no nosso coração é o pedido que faço, ao agradecer o dom que recebi.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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