Vão-se escoando lentamente os dias que nos separam dos grandes acontecimentos desta semana.
Jesus retirou-se discretamente, sabendo que o queriam prender mas que ainda "não tinha chegado a Sua Hora".
São já dias de dor, angustiantes. É que fazer a vontade do Pai pressupõe sofrimento, humilhação, despojamento, morte...
" Pai, que se faça a Tua vontade" é o grito assumido desde a primeira hora mas não deixa de vir repleto de sofrimento e inquietação. A humanidade de Jesus Cristo revolta-se apesar do dom oferecido e aceite voluntariamente.
Durante estes dias "de espera", digamos assim, os acontecimentos futuros vão já passando pelos seus olhos e atravessar o seu coração : para além da Paixão, a traição de Judas, a negação de Pedro, o abandono dos apóstolos...
São dias de grande angústia e de dor. Associemo-nos a esta dor e, no silêncio da espera, procuremos encontrar a verdade da nossa vida, aquela que nos colocará mais próximo d´Ele. Aceitemos essa verdade e vivamo-la com toda a abertura e disponibilidade.
Sentemo-nos diante do sacrário, despidos de tudo o que desvirtua as nossas relações com Deus. E, em Amor e com Amor, nesta longa espera que nos separa da Ressurreição, digamos o nosso Sim, aquele que pronunciámos no dia da nossa escolha. E continuemos, calmamente, à espera dos alleluias pascais.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
Sem comentários:
Enviar um comentário