Começou a Semana Santa, esta semana cheia de Graças, de Mistérios, de contradições. Esta semana densa, pesada, em que temos uma sensação de desconforto, de tristeza, de perca.
É a capela despida de flores, ornamentada de roxo,; é o silêncio algo forçado; são os textos magníficos mas pesados...
Uma semana em que não sabemos bem se nos havemos de sentar aos pés da cruz, chorando todas as dores e todos os erros, se havemos de correr gritando de alegria porque o Cristo que morre vai ressuscitar para sempre. Uma semana de conflitos.
E começou já esta semana cujo início oficial será na 5ª feira, com a oferta eterna da presença de Jesus Cristo na Eucaristia da Última Ceia. Esta Ceia devia ser uma festa mas torna-se chocante com a atitude dum Mestre que se prostra a lavar os pés aos discípulos; com a saída abrupta de Judas com o seu plano de traição. Depois, vem o caminho até ao Horto das Oliveiras,a angústia do Mestre, o sono inoportuno dos discípulos que "não puderam velar uma hora com Ele". E a chegada dos soldados comandados pelo discípulo traidor. E aquele beijo que Jesus permitiu numa tentativa última de conversão, que não resultou. Em seguida, o percurso até ao palácio de Pilatos, as idas e vindas entre Anás e Caifás... E, antes da subida para o Calvário, a grande dor da negação de Pedro.
Estamos em Sexta Feira Santa- Paixão e Morte de Jesus. Junto da Cruz, Maria e João. E a promessa da maternidade divina para todos nós naquela que é a Sua Mãe : "Eis aí a tua mãe!.
Três horas ... um grande silêncio. Jesus morreu para salvação de todos nós.
Ajoelhemo-nos diante da Sua Cruz e agradeçamos este dom de Morte e Vida que vai tornar-se Ressurreição porque o amor do Pai quer a nossa salvação.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
Sem comentários:
Enviar um comentário