segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Condução automática

É o Senhor que conduz a barca de Pedro!
É Deus que dirige a barca da nossa vida!
A nós, compete seguir o vento, remar da acordo com as marés, orientar-mo-nos pela informação que os astros nos dão. Não podemos mudar o vento nem comandar o mar. Não nos é dado modificar o ritmo das estações  nem a marcha do tempo. Mas podemos e devemos ler os acontecimentos, à luz de Deus, interpretar os sinais dos tempos, analisar os anseios da alma e actuar de acordo com eles, seguindo os ditames do nosso coração. 
Não queiramos comandar Deus, mas deixemos que Ele nos guie e correspondamos-Lhe na Fé.
"Se tiverdes Fé do tamanho dum grão de mostarda..."
Pela Fé Pedro deixou a barca e andou sobre as ondas : "Senhor, se és Tu, que eu vá ter contigo." 
"Vem!" disse-lhe Jesus. E ele não hesitou , não pensou duas vezes. Despiu a túnica e seguiu mar fora como se de uma estrada se tratasse. Só que em dado momento teve medo, faltou-lhe a coragem e afundou-se.
"Homens de pouca Fé, por que duvidais? foi a interrogação de Jesus.
E é a pergunta que Ele nos faz quando nos sente vacilantes, quando hesitamos no caminho,  quando pretendemos modificar a marcha dos acontecimentos. " Por que duvidas? diz-nos Jesus...
"Nada acontece por acaso " afirma o povo...
Então, num acto de Fé digamos o nosso Sim e sigamos em frente.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

domingo, 30 de agosto de 2015

Dia internacional dos desaparecidos

Ao ouvir na rádio o anúncio para o  dia de hoje lembrei-me de todos aqueles que desapareceram das nossas vidas, que deixaram de fazer parte do nosso convívio, que já não estão no nosso grupo de vivência, porque o Senhor os chamou para irem integrar o grupo dos que O louvam no "coro dos céus".
São os avós, os pais, os irmãos, os amigos... 
Tantos que ontem estavam presentes e que hoje recordamos com saudade...
Mas a seguir, lembrei anúncios de jornais e reportagens de televisão: centenas de jovens e adultos, crianças e idosos, que as famílias procuram ansiosa e desesperadamente. E pergunto-me o porquê destes desaparecimentos, destas ausências, voluntárias ou involuntárias.
Às vezes é um caso de doença, a falta de estabilidade emocional que leva os idoso a saírem de casa e a perderem-se. Noutras circunstâncias, é a maldade dos homens que se aproveitam de crianças e jovens para satisfazerem os seus instintos distorcidos. Mas... há casos em que são os próprios  jovens que saem de casa e partem à aventura sem pensarem no desgosto e preocupação que deixam atrás de si.
Nesta manhã, talvez pararmos um momento para pensarmos nas causas de tudo isto: Insatisfação, traumas, ausência de valores...  E, sobretudo, afastamento de Deus, desconhecimento do Seu Amor, desinteresse pela Sua acção em nós.
Um dia para pensar em tudo isto. Uma altura para rever a parábola do filho pródigo e nos certificarmos que o Pai está lá e nos espera para fazer a festa.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Transfiguração de Jesus

Jesus sobe ao monte com Pedro, Tiago e João
Lá,o Pai quer certificar a Divindade de Jesus: " Este é o meu Filho muito amado"
Com Jesus, Moisés, o homem da Lei e Elias o testemunho da profecia. 
Os apóstolos ficam estarrecidos, encantados e, ao mesmo tempo, desprendidos, prestáveis, generosos:"Façamos aqui três tendas. Uma para Ti, outra para Elias e outra para Moisés..."
E querem ficar a desfrutar da sua alegria ; querem talvez transmiti-la a toda a gente. Mas não tinha chegado o momento. Havia que calar e voltar ao que era habitual
Também connosco acontece isto. Há que, generosa e simplesmente, continuar aquilo que é o nosso "hoje" confiantes no"àmanhã" que Deus nos prometeu.
A Fé move montanhas e alimenta o nosso querer.