quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O Ano que chega

Mais um ano que em breve vai conhecer o seu fim. Foram 365 dias que percorremos com mais ou menos entusiasmo, mais ou menos alegria, mais ou menos sucesso.
E ao chegar ao fim e voltar a última folha do calendário, é ocasião de pararmos e de nos perguntarmos como vivemos este ano, que importância demos ao que Deus nos pedia, que lugar teve Jesus nas nossas vidas.
Cada ano que passa são graças que aproveitámos ou deixámos desperdiçar; foi caminho a percorrer, bem ou mal escolhido; foram Sins ditos ou apenas balbuciados.
E o tempo não volta atrás!...
O que fizemos ou deixámos de fazer, a escolha que nos encantou e aquela que passou ao nosso lado, o amor de Deus que acolhemos ou nos deixou indiferente, foram valores que contribuíram ou não para aquele apelo que Jesus faz a cada um de nós para que sejamos "santos como o nosso Pai é Santo".
Mais um ano que chega ao fim.
Diante do presépio há um lugar vago para nós. Ajoelhemo-nos lá e peçamos perdão ao Menino recem-nascido das nossas infidelidades; choremos no seu ombro pequenino os nossos desvios de caminho; lamentemos a Ele, que tudo compreende, o tempo perdido. 
Mas, igualmente, abramos o nosso coração ao Seu amor e prometamos um novo recomeço.
 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Entre o ontem e o àmanhã

O "ontem"  foi o dia do Natal, com a sua alegria, o seu movimento, a troca de presentes, o desejo de Boas Festas. Talvez também com a reflexão de que um Menino nasceu, um Deus nos foi dado... Seria importante...
"Amanhã" vai ser o Novo Ano, a festividade de Maria Mãe de Deus, o dia mundial da paz. Uma nova ocasião para se ser feliz, pelo menos aparentemente. Há novas felicitações, novas festas, passas e champanhe à meia noite.
Entre o ontem e o àmanhã ,um espaço que parece vazio, apesar de haver festividades religiosas, música nas ruas, novidades. E o Natal não acabou...
Bem nos podemos  lembrar que Natal é todos os dias, "quando acolhemos aquele que passa ao nosso lado e fazemos dele um amigo". É este Natal que temos que levar connosco para o ano que começa. Um Bom Ano! desejamos... e esperamos que ele aconteça. Mas afinal o bom ano não depende de mais ninguém nem de nada senão de nós mesmos: da nossa Fé, da nossa confiança, da nossa Alegria, do nosso trabalho.
Nada nem ninguém pode fazer o que depende de nós.
Comecemos o ano com entusiasmo. Deixemos, junto do Menino de Belém, as nossas penas, as nossas dores, os nossos fracassos do ano que vai findar. Iniciemos o ano, acreditando que "tudo vale a pena" e que o Menino do presépio está presente e nos acolhe. Tenhamos nós o coração aberto para O acolher a Ele.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Memórias

Recordar é viver..." diz o poeta
Por isso, estou a recordar o dia dos Santos Inocentes dos meus tempos de Noviça. É que este dia 28 de Dezembro era, para todas nós, um dia especial, um dia de brincadeira em que quase tudo era permitido. Acho que nem lembrávamos muito o acontecimento real do dia.
A festa começava mal davam as doze badaladas no relógio da comunidade. Era uma correria para a dispensa, para "roubar " o que a querida Irmã S. Miguel já lá tinha deixado para nós mas que pensávamos ir surripiar. Depois, a invasão da cozinha para cada uma preparar as suas especialidades. A minha era o mousse de chocolate ...
Depois de termos provado o que cada uma preparara, seguia-se o cortejo que percorria os quartos das Madres a cantar-lhes qualquer coisa de semelhante com as Janeiras. E elas sempre correspondiam com os presentes adequados. 
Ao romper da madrugada, um tempinho de descanso, que de manhã havia que estar no coro para o Ofício de Matinas. Até porque quem ia presidir era a mais nova do Noviciado. Que honra e que atrapalhação!... Mas havia sempre "almas bondosas" que ajudavam...
À tarde era o tão desejado "regozijo" em que se juntavam postulantes, noviças e professas e em que apareciam iguarias mais requintadas. Aliás estas festas eram apenas mais três ou quatro vezes no ano. Daí o serem esperadas com tanta ansiedade. 
E o dia terminava com uma representação mais ou menos improvisada pelas noviças.
Bons tempos! dizem os desanimados. Outros tempos! afirmam os que acreditam que a viva construímo-la nós.
E nós, que temos Fé, recordamos o passado mas olhamos para o futuro certos que o Menino que nasceu nos sorri e espera que O acolhamos no nosso coração.

 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Sonho



Dormia
         e sonhava que
         a vida era só
         alegria.

Acordei
         e vi que apenas
         o serviço era
         vida.

Servi
          e verifiquei que
          o serviço era a
              Alegria.
                                                                                                  (Tagore)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A estrela











A Estrela sois Vós, Senhor Jesus!
Sois Vós que, pelo Vosso Evangelho,
conduzis os pequenos e os grandes
para a felicidade que Deus nos prometeu.

A Estrela sois Vós, senhor jesus!
Sois Vós que, com a Vossa presença,
iluminais os pequenos e os grandes;
sois Vós que fazeis brotar neles
a centelha da alegria
quando estão perdidos na noite da tristeza.

A Estrela sois vós, senhor Jesus!
Sois Vós que, pela vossa amizade,
aqueceis os pequenos e os grandes;
sois Vós que fazeis germinar neles
a chama da doçura
quando estão endurecidos no gelo da maldade.

Sois Vós, Senhor Jesus
a Estrela que brilha
para os habitantes da terra!
Charles Singer

domingo, 20 de dezembro de 2015

A caminho

Estamos já próximo.
Muito em breve nos será anunciada uma grande alegria: " Nasceu o nosso Salvador: Jesus Cristo Senhor"
E preparamo-nos. Preparamos os acessórios, tudo o que completa o Natal. Mas temos que nos centrar no que é, de facto, o Único: O Menino que é Deus e se fez Homem para nos salvar.
Preparamos as nossas almas, o nosso coração, a nossa disponibilidade, para O receber a Ele e para acolher os que Ele nos envia: os Amigos, os conhecidos, os que passam ao nosso lado...
De coração aberto e alegria na alma podemos ajoelhar diante do presépio e saudar Jesus.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Advento caminho de conversão


Cada uma das semanas  que  nos  separam   do Natal  é  uma  forma de apelo à conversão. E a conversão é a nova oportunidade que Deus dá a todos os Homens. Quaisquer que tenham sido os nossos erros, as nossas dificuldades, as nossas tentações, Deus espera-nos do outro lado da linha que separa o que fomos do que queremos ser.
O Advento é sempre esta caminhada ao encontro da Vontade do Pai; é sempre voltar atrás e recomeçar.
Obedecer ao que Deus nos pede não é simplesmente dizer Sim . É antes proceder de acordo com esse Sim; é orientar a nossa vida para a fidelidade ao compromisso feito; é estar atento, em cada momento,à solicitação da Graça.
Maria disse Sim, quando da Anunciação mas depois, toda a sua vida esteve de acordo com esse Sim inicial, na disponibilidade absoluta. E o seu Sim foi da concepção à cruz e depois, na presença à Igreja nascente.
O nosso sim tem que ser o sim de cada dia, o sim da conversão, na aceitação da vontade do Pai; o sim que nos leva, com alegria, até Belém.
Lá, o Menino dirige-nos o seu apelo, convida-nos para que o sigamos, para que mudemos a nossa vida, se necessário for, para nos pormos de acordo com os pedidos do Pai, para nos parecermos com a Mãe que lá, também nos olha com amor.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O encontro


"... Maria dirigiu-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel..."

Maria dá-nos o exemplo de solicitude: vai apressadamente, vai ao encontro de sua prima sem olhar para trás, sem hesitar. E o Menino que traz no seu seio enche Isabel de alegria.
É isso o Natal: Maria que nos dá o seu Filho, o Deus feito Menino que vai encher de alegria o nosso coração. Como João Baptista no seio de Isabel...
Mas para isso, temos que ter o coração preparado, temos que ter deixado a nossa "zona de conforto" e ter ido... mais além, com os nossos propósitos, o nosso despojamento, a nossa disponibilidade.
E temos que ter espalhado ao nosso redor a alegria da certeza da vinda de Jesus.
E se olhámos para trás? E se nos vemos no mesmo lugar, com os mesmos erros, a mesma falta de esforço, a mesma falta de acção? E se não fomos diligentes em levar a novidade da vinda do Senhor?
Nada está perdido. É tempo de recomeçar e "fazer novas todas as coisas" mesmo e sobretudo as que fizemos mal. O Senhor está próximo e espera-nos.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

domingo, 13 de dezembro de 2015

As grandes decisões

Terminou a Conferência sobre o clima. Estavam presentes quase 200 representantes de outros tantos países.
A Conferência terminou com um "acordo histórico" bastante satisfatório, dizem...
Todos se vão esforçar para que diminuam as situações poluentes que contribuem para o "efeito de estufa"  e o aquecimento global.
Optimo! Bem preciso era...
Realmente o clima tem tido uma evolução altamente negativa. Por um lado, uma temperatura que nos faz pensar que estamos ainda no Outono ou já na Primavera. Por outro, chuvas intensas ou ausência dela. Duas realidades contraditórias e incongruentes.
Os ecologistas afirmam que estamos a dar cabo do planeta e os nossos netos não vão ter futuro. Eu até acredito muito embora saiba que "os planos de Deus são insondáveis". E talvez não meter Deus nos erros que os homens cometem e começarmos nós a diminuir os males que a nós dizem respeito: não desperdiçar água, não queimar nem arrasar  as florestas, usar menos combustíveis de origem fóssil, simplificar os detergentes, etc..
Cada um de nós, sozinho, não pode resolver os grandes problemas da humanidade mas pode contribuir com a sua quota parte para que eles vão diminuindo nas suas consequências funestas.
"Querer é poder"
E talvez também pedir ao Pai que estes "acordos históricos "não fiquem apenas no papel .
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Ir... sem bagagem

O tempo vai passando...
Os dias vão-se escoando...
E nós vamos olhando para o fim, para esse dia D, maravilhoso, magnífico, do nascimento de Jesus.
Continuamos tentando percorrer o caminho que nos falta, tentando percorrê-lo na paz e na alegria. Ao mesmo tempo deviamos ter presente a recomendação que S. Lucas nos faz, da parte de Jesus: " Ide... não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias, nem dinheiro..."
Vamos... anunciar que Jesus nasce e transmitir a Sua mensagem de Fé e de Esperança, de Certeza e de Verdade.
E o que quer Jesus transmitir ao falar nesta "ausência de bagagem"?
Não vale a pena pensar em situações complexas, em planos elaborados. Naturalmente estaríamos longe de os conseguir cumprir. Estes sonhos de desprendimento e pobreza total não passam disso mesmo... sonhos!
Levar o Evangelho "à letra" , partir sem farnel nem bagagem, sem dinheiro nem programa... é uma dimensão que não é pedida a todos. Mas o que o Senhor solicita de cada um isso sim!... é que olhemos com amor para os que nos rodeiam, acolhamos os que se aproximam de nós, espalhemos a Alegria neste mundo em que impera a ansiedade e a preocupação.
E que testemunhemos a força que vamos buscar à oração mesmo que seja apenas uma Ave Maria bem rezada .
Alimentemos a nossa confiança, a nossa Fé, a nossa esperança diante do presépio, enquanto esperamos a chegada do Menino com a Sua Paz.
Ele vem... Está quase a chegar!
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Em Dezembro...

O mês de Dezembro é um mês extraordinário, mês de reflexão e de festa.
Começa com o Advento, tempo de interiorização que prepara a festa do nascimento de Jesus e termina com os acontecimentos em torno deste facto.
Mas inicia-se mesmo com um acontecimento que não pode passar despercebido - o 1º de Dezembro, a comemoração da Restauração da Independência de Portugal. Claro que, com o facto de ter deixado de ser feriado, passou a parecer menos importante. Aliás, muitos de nós gozávamos essa folga sem interiorizar o que representou para os portugueses a libertação do jugo castelhano. Já lá vai há 4 séculos!... Mas entenderam-no e bem aquele punhado de homens que entrou no Paço da Ribeira, matou Miguel de Vasconcelos, pôs em fuga a Duquesa de Mântua e proclamou Rei D. João,Duque de Bragança. 
Acho que também a interiorizou bem aquele Rei que, em Vila Viçosa declarou Nossa Senhora Rainha e Padroeira de Portugal, coroando-a com a sua própria coroa. E por causa dela, que é Mãe, Padroeira , Raínha, a Imaculada Conceição, não foi possível eliminar o feriado do dia 8, um dos quatro feriados religiosos que se manteve, depois do acordo com o Estado em prole da economia do país.
E o mês de Dezembro vai prosseguindo, aproximando-se do Natal de Jesus.
Vão aumentando as iluminações nas ruas, vão aparecendo os enfeites de Natal e as Boas Festas vão adornando montras e portais. Vamos vendo árvores enfeitadas nas lojas e, em casa surgem os presépios...
Vivamos estes dias de preparação em clima de reflexão, de oração, de acção de graças. Vivamo-los com Fé e em esperança.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

solenidade




                                     
   Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria                              










segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Dúvidas e certezas

" Senhor, se não estás aqui, se estás ausente, onde vos procurarei?" Sto Anselmo
É o grito que muitas vezes nos sai do fundo da alma. Quando nos assalta o desânimo, quando à nossa volta tudo é dúvida, quando queríamos sentir o consolo da presença de Deus...
Muitas vezes parece ser impossível contactar Deus ,entrar em relação com Ele. O nosso entusiasmo, o nosso querer e o nosso esforço não são suficientes para termos a certeza desse encontro.
É que continuamos sem nos lembrar que o nosso Deus é um "Deus escondido", ausente... Um Deus que é Pai, que está atento a cada um de nós e às nossas necessidades, alegrias e dificuldades, mas que espera que o procuremos com insistência, com vontade e sem a certeza de podermos dizer "Está aqui!". Um Deus que nos aguarda ansioso, como o pai do filho pródigo, mas que quer que demos o primeiro passo. É um Deus que, como Pai, segue o percurso dos seus filhos e não os quer perdidos, mas...
É um Deus que, para ser encontrado, exige um clima de silêncio, de despojamento, de entrega. precisa que estejamos dispostos a despir todas as nossas certezas e parar, na simplicidade do nosso eu para dizer: Estou aqui.
Então, no silêncio "na brisa suave, na réstea de luz" Deus fala ao nosso coração, apaga as nossas mágoas, cura as nossas feridas, dá novo ânimo ao nosso desânimo.
E, sem darmos por isso, estamos ajoelhados na gruta de Belém e contemplamos o Menino que nos sorri.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.


domingo, 6 de dezembro de 2015

O princípio

"Tudo começa com um encontro" 
Encontramos por aí escrito nas paredes do Colégio. E é verdade. Tudo começa, cada ano, com o encontro com o Menino de Belém. O encontro com Aquele que o Pai enviou para nos levar até Ele, o encontro com o Deus feito homem que quis fazer-se pequenino, pobre, humilde e nascer numa gruta para que todos tenham um lugar junto dele. Ali não há rico nem pobre, letrado ou ignorante, judeu ou grego... Ali apenas o acolhimento de Jesus e o despojamento do homem. Vieram pastores e vieram Magos; houve prendas humildes e presentes grandiosos... A todos Jesus aceitou com o mesmo carinho e a mesma alegria.
Tudo começou com este encontro... Talvez...Porque, na verdade, tudo começou com a Palavra , "a voz daquele que clama no deserto", que anunciou que a salvação havia de vir, que o futuro seria diferente;que nos mandou "aplanar os caminhos e endireitar as veredas ".
Foi com João Baptista e a Palavra que do Alto o inundou, que tudo teve início.
Ou antes, quando os antigos, em séculos anteriores, esperavam "o que havia de vir" também eles confiantes no anúncio que lhes tinha sido feito.
Neste segundo domingo do Advento voltemos a pensar no que nos falta para tornar grande este encontro da noite do Nascimento de Jesus.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Num banco de jardim...

Ouvi hoje uma canção de Carlos do Carmo que me transportou rapidamente a outros lugares e a outros tempos:
            Num banco de jardim
            Uma velhinha...
Voltei aos meus tempos de estudante e a este Jardim da Estrela que atravessava todos os dias.
Lá estavam as velhinhas, sós ou com os seus cães, olhando os pombos que as rodeavam e gozando os últimos raios de sol. E esperando... talvez nem elas sabiam o quê!
Mas, neste tempo de Natal, certamente um presente, que não tem que ser, necessàriamente, material. Pode ser simplesmente um sorriso, uma palavra simpática, um gesto de carinho. Afinal, estas também são formas de presente!... E, não sei se mais importantes do que aqueles que se compram e se dão muito enfeitados e, quantas vezes, vazios de afecto.
Uma velhinha num banco de jardim...
Não teremos no"jardim de nossa casa" velhinhas sentadas, esperando o nosso carinho, a nossa atenção, o nosso apoio?
É Natal! Altura para receber e transmitir o Amor do Pai que nos ofereceu o Seu Filho.
Não deixemos que estes dias de preparação sejam demasiado preenchidos com a compra e o arranjo dos tais presentes e nos impeçam de ver os que, ao nosso lado, aguardam o nosso sorriso.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A aposta de Deus

Deus apostou no homem... quando o criou, quando está presente nas suas aspirações, nos seus anseios, nas suas dores.
Apostou de tal maneira no homem que lhe deu o Seu Filho, feito Homem, para que o salvasse.
E estamos caminhando para a celebração desse dia de dádiva em que festejamos o nascimento de Jesus. Estamos percorrendo estas quatro semanas que nos separam dessa ocasião única, sempre repetida e sempre nova. Iniciámos com o 1º domingo do Advento o novo ano litúrgico, uma nova etapa, um novo tempo de aperfeiçoamento, uma nova festa. 
Mas, preparámos este começo de ano? Despejámos as nossas "malas" de toda a inutilidade que as vai enchendo ao longo do ano?Despimos todos os ornamentos , mais ou menos válidos, com que tentámos testemunhar o nosso Eu? Limpámos a nossa alma de vaidades, tentações, orgulho? Este é o tempo de o fazermos...
É que o Deus que esperamos é uma criança que nasce numa gruta, que é envolta em panos, deitada numa manjedoura, porque " não havia lugar para eles na hospedaria"
Que haja lugar para Jesus no nosso coração de criança, na simplicidade dum sorriso de confiança, na alegria da transparência do nosso ser.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.