quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A praia e o infinito

A praia é um mundo de aprendizagem pelos melhores e piores  motivos:

crianças que, ao sol, sem chapéu nem roupa adequada, deambulando pela praia; surfistas que entusiasmam jovens e menos jovens com as suas habilidades; grupos de adolescentes que com as suas gargalhadas, mais ruidosas do que alegres, incomodam toda a gente; jovens destemidos que, ignorando avisos e sinais, são a dor de cabeça dos nadadores salvadores; famílias simpáticas e agradáveis que procuram meter conversa com os vizinhos de toldo; banheiros prestáveis, sempre disponíveis,  cuidando da nossa segurança... 

Enfim! um mundo que mostra o melhor e o menos bom da nossa sociedade balnear.
Mas a praia também é areia... mais ou menos fina, mais ou menos dourada... areia que se esboroa sob os nossos pés e que lembra os sonhos que não quisemos ou não soubemos concretizar. Areia que alimenta o nosso descanso e nos convida a parar e a sonhar, enquanto nos vamos aproximando do mar, esse elemento que não desaparece nunca, que se mostra sempre azul, reflectindo o céu, murmurando baixinho, aos nossos ouvidos, aplaudindo os nossos êxitos. Mas também rugindo, zangado, sempre que os nossos erros ultrapassam os êxitos...
Que férias sejam dias de descanso, de mudança, de estar com os amigos ou a família, mas também tempo de paragem, de reflexão, de interiorizar e dar graças pelos dons recebidos e fazer planos de compromisso para o ano que irá começar.
                                             Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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