quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dar é receber


Nem tudo o que se ouve ou se lê nos noticiários da TV ou nos jornais são notícias desagradáveis.De vez em quando, aparecem notícias que nos impressionam pela positiva. Foi o caso de ontem. Soube dum grupo de jovens (entre os 15 e os 25 anos) que, no Porto, se preocupam com crianças com cancro. Formam uma associação e não só visitam as famílias das crianças, como acompanham estas durante os tratamentos, brincam com elas e as distraem, para lhes darem um pouco de felicidade, dão-lhes brinquedos, distraem-nas...
E não contentes com tudo isto, que já considero imenso e louvável, ainda inventam processos de juntar dinheiro para prover às situações difíceis; fazem actividades de rua, vendas várias, galas, etc..
São jovens! Podiam ter outros interesses e outros divertimentos para ocuparem o seu tempo e era natural. Mas não! Dedicam-se àquelas crianças que precisam delas.
Como eu gostava de saber que alunas minhas colaboravam nesta instituição ou tinham partido para qualquer outra coisa de semelhante... Era bom, não era?
É que, "é dando que se recebe"...
Mas a minha admiração ontem não ficou por aqui; não acabou neste grupo de jovens generosas, dedicadas, solícitas, viradas para as crianças que precisam delas. Soube também dum grupo de senhoras que se ocupam numa obra social bem original e útil. Como elas dizem, querem mudar a sociedade e vão consegui-lo, acho, eu! Começaram por dar almoço a um grupo de necessitados que, neste momento são mais de cem. Depois, fornecem , mensalmente, capazes para famílias necessitadas.
Mas o mais importante e espantoso é a sua acção de tentativa de integração dessas pessoas que ali, num andar alugado e decorado à moda do "antigamente", encontram um espaço de acolhimento, de apoio, um ombro amigo para receber confidências, uma palavra de ajuda e encorajamento.
E, última etapa, as responsáveis desta actividade, tentam conseguir algumas instalações dignas e trabalhos estáveis para estas pessoas com dificuldades.
E acreditam, os que me estão a ler, que a "cabeça" desta organização é uma pessoa que foi desenganada clinicamente? E querem crer que esta organização não tem comparticipação do Estado e vive de donativos, mais ou menos incertos?
Para aqueles que amam, não há impossíveis... E elas, tem" mais alegria em dar que em receber"...
Será que estes exemplos não falam ao nosso coração?
                                 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P. 

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