sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A violência resolve?


Conheço o Egipto. Tive oportunidade de o visitar , de aprender " in loco " a sua história, de admirar os seus monumentos, de contactar o seu povo.
Tudo o que vi me encantou, me surpreendeu, me deixou maravilhada  com esse recuo ao tempo e o mergulho  na história.
Havia pequenos pormenores muito típicos como o regatear necessariamente os preços, a cruzinha gravada no pulso que os católicos nos mostravam orgulhosos, as inscrições do nosso nome que faziam em medalhas de prata, etc..
Foi uma viagem que não consigo esquecer pelo muito de novidade da história antiga que me fez conhecer.
Talvez também por isso me têm vindo a angustiar cada vez mais, os noticiários que todos os dias relatam cenas de violência, autênticas lutas fraticidas.
Não sei quem tem rezão; se é que alguém tem razão... Mas de certeza que mesmo aqueles que se julgam injustiçados estão a perder a razão quando recorrem à violência.
A violência não resolve problemas. Somente cria maior violência. Talvez alguém se baseie na palavra de Jesus quando lê no Evangelho: "Vim trazer o fogo à terra e o que quero é que ele se acenda", para justificar a sua guerra, a sua luta. Simplesmente, não entendeu nada  e toma o texto à letra . E aquilo que Jesus quis que entendêssemos  e quer que se espalhe é a Verdade, aquela Verdade que é Ele mesmo. Foi pela sua expansão e difusão, para que crescesse no coração dos Homens, que deu a Sua Vida.

Se compreendemos isto, se entendemos até ao fim que a mensagem de Jesus é uma mensagem de paz e de amor, menos entendemos o que se está a passar no Egipto.
Irmãos lutam com irmãos; familiares matam membros da família...
Senhor, eu sei que Tu dás aos Homens a liberdade de proceder de acordo com as suas convicções, mas... o mundo precisa de paz e todos nós devemos pedi-la com todo o nosso entusiasmo e as nossas forças.
Para o Egipto, para o mundo em geral mas, sobretudo, para os nossos corações.
                                                                     Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.     

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