terça-feira, 9 de abril de 2013

Velhos e novos Amigos

Acordei com o refrão duma música no ouvido, música já esquecida mas que era dos meus tempos de jovem : "Onde estão os meus velhos amigos?"
E fiquei a pensar nos meus "velhos amigos" , as companheiras do tempo do liceu, os colegas da faculdade, as pessoas com quem trabalhei na Gulbenkian ou no Colégio Militar, os professores aqui do Colégio, os funcionários que acompanharam as nossas actividades...e as alunas, com quem convivemos mais ou menos anos, com quem partilhámos aulas, passeios, interesses.
E fiquei a perguntar-me o que sei deles, velhos amigos, onde estão?
Dalguns, tenho notícias, continuamos a falar-nos e quando nos juntamos, mesmo que seja muito tempo depois, é como se tivéssemos estado ontem. E recordamos momentos que vivemos em conjunto: Lembras-te? Recordas-te?
Outros, destes velhos amigos, estão já na casa do Pai e espero que se lembrem de nós, junto d´Ele.
Mas outros... ainda outros, desapareceram da minha vida. Seguimos caminhos diferentes e sem querer fomos perdendo os contactos.
Velhos Amigos... queridos Amigos!
E a amizade? Também desapareceu? Também se esvai como fumo? Não pode! Ela é uma forma do Amor de Deus e, como tal, permanece e resiste mesmo ao afastamento, aos interesses diferentes, às formas de vida diversificadas, aos erros, às contradições, às atitudes incompreensíveis.
Uma autêntica amizade é um dom. É um processo de apoio e de partilha. É uma ajuda ao nosso crescimento na santidade.
Um amigo é alguém em quem podemos confiar, que nos chama a atenção para os erros, que nos ajuda a encontrar o caminho certo, que está presente nas alegrias como nas tristezas, que diz a palavra certa no momento certo, que corrige, mesmo quando custa.
Velhos e novos Amigos! Saibamos cultivá-los e agradecê-los. Vejamos neles a presença de Deus que os pôs no nosso caminho para nos ajudar a segui-Lo.
                                       Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, o.p.
                          

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