Andando a pensar em andorinhas recordei-me de uma outra ave que, antigamente, as crianças aqui no Colégio comparavam a nós-os pinguins.
São aves brancas que parecem ter um manto preto. Tal e qual como as dominicanas que usam hábito branco e véu e capa pretos.
E depois, as mais idosas, por vezes, têm um andar um pouco bamboleante e os braços afastados. Somos ou não parecidas?
Não nos ofende esta comparação. Antes ao contrário, até lhe achamos alguma graça.
Mas se entramos no campo das comparações com aves, temos outra de que as crianças nunca se lembraram. As andorinhas! também se vestem de branco e preto. E voam... seguem sonhos, acompanham ilusões, conhecem ambientes novos... Tal como nós, às vezes!
Mas as andorinhas também nos dão algumas lições:
. de fidelidade ao lugar onde construíram o ninho e onde regressam cada Primavera;
. de perseverança, porque não desistem de percorrer grandes distâncias, mesmo quando o cansaço as invade;
. de alegria nas suas movimentações, mesmo que o dia esteja mais triste e o tempo mais frio;
. de liberdade, na facilidade com que abrem as asas e se afastam, sem se deixar prender nas tramas da vida;
. de solidariedade e apoio, vivendo em bandos e não deixando para trás os mais fracos;
Pinguins ou andorinhas... semelhanças com o nosso Hábito branco (símbolo de pureza ) completado com o negro ( indicador da penitência que o desprendimento, a missão, a vida comum, o estudo e a oração pressupõem) .
Pinguins ou andorinhas... como eles, saudemos a felicidade que devemos encontrar e construir nas nossas vidas, agradecendo a Deus os dons recebidos e a alegria da partilha.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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