sábado, 6 de abril de 2013

A intuição e a investigação científica

A ciência é uma actividade dinâmica. Assim, novos trabalhos foram feitos e, em 1970, um médico americano, o dr. Landaum B. Shettles, publica uma obra em que apresenta teorias paralelas às do dr. Benendo mas apoiadas em provas científicas.
Diz ele e como todos sabemos," as nossas células contêm 22 pares de autosomas e um par de cromossomas sexuais: xx - na mulher: xy - no homem.
Os gâmetas só contêm metade deste número: 22 autosomas e 1 cromossoma sexual ( x para óvulo e x ou y para espermatozóide). A fecundação dum óvulo por um espermatozóide restabelece o número normal de cromossomas e dá uma rapariga se o espermatozóide é portador dum x ou um rapaz se ele transporta o y."
Shettles observou espermatozóides ao microscópio de contraste de fase e distinguiu 2 espécies de espermatozóides: uns com cabeça pequena e redonda e outros com a cabeça maior e ligeiramente oblonga.
Então, ele pôs a hipótese de que o espermatozóide de cabeça pequena deve transportar o cromossoma y, visto que este é mais pequeno que o x, e o espermatozóide de cabeça maior seria o que transportava o cromossoma x.
Observando genealogias de famílias em que só nascem rapazes e estudando o esperma, verificou que nestas famílias o esperma só produzia espermatozóides de cabeça pequena. Constatou também que o esperma tem duas vezes mais espermatozóides de cabeça pequena do que de cabeça maior. Mas as estatísticas mostram que nascem pouco mais rapazes do que raparigas.
Será que os espermatozóides portadores de y são mais frágeis? E frágeis porquê?
Estudou então secreções dos órgãos genitais femininos e adicionou esperma. Observando ao microscópio constatou que quando as secreções eram mais ácidas do que alcalinas, a velocidade dos espermatozóides de cabeça grande era maior que a dos outros e quando as secreções eram mais alcalinas a maior velocidade pertencia aos espermatozóides de cabeça pequena.
Ora os ginecologistas sabem que as secreções da vagina são ácidas enquanto as do colo do útero  são alcalinas. E quanto mais nos aproximamos do momento da ovulação mais alcalinas são. Por consequência, as probabilidades de ter um rapaz são maiores nesta altura. Se os pais antes querem uma rapariga, devem realizar a fecundação 2 ou 3 dias antes da ovulação.
Estas foram as conclusões do dr. Shettles mas o mesmo já anteriormente tinha sido dito por outro americano, Marshall, como afirmou o dr. Joseph Stolkowski, do laboratório de fisiologia química da Universidade de Paris.

Certamente algumas das minhas alunas ainda se lembram do que discutimos na altura, não é verdade?
                      Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

Sem comentários:

Enviar um comentário