quinta-feira, 18 de abril de 2013

O tempo e nós

O tempo está como as pessoas, às vezes.
Ora quente, ora fresco; uns dias luminosos outros sombrios; numas ocasiões ventoso e agreste noutras calmo e tranquilo.
Nesta altura do ano, plena Primavera, esperaríamos que a temperatura se apresentasse mais amena, o sol mais intenso, o vento mais apaziguado. No entanto, o que acontece é que uns dias temos o que esperávamos e noutros não. Antes, tudo ao contrário.
As pessoas, por vezes, também são assim. Há dias em que se apresentam animadas e alegres; outros em que esperávamos encontrá-las felizes e bem dispostas e deparamos com um muro de silêncio e inquietação que as oprime. E porquê?
No fundo, reagimos assim porque não sabemos tirar partido das coisas boas que temos, agradecê-las ao Pai , verificar que Ele nos favorece com o Seu Amor e a Sua preocupação a nosso respeito, o Seu dom a cada momento.
É uma forma de ingratidão não reconhecermos a acção de Deus em nós e para nós. Ingratidão que, segundo S. Tomás, constitui um pecado, em relação àquela petição do Pai Nosso : O pão nosso de cada dia nos dai hoje...
Pão... não é apenas o que comemos, o que nos mata a fome.
Pão que alimenta é também a Eucaristia  e a Palavra das Escrituras, mas igualmente a alegria, a felicidade a que somos chamados.
Se compreendermos que tudo nos foi dado, que tudo Deus vai pondo à nossa disposição segundo as nossas necessidades, não vale a pena acumular. Aliás, quem conhece o dia de àmanhã?
E, não vale a pena ficar triste porque não conseguimos, hoje, o que tínhamos planeado. Antes, agradeçamos o que conseguimos já.
Assim, encontraremos a Felicidade que Deus quer para nós e a alegria sorrirá nos nossos olhos.
                               Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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