Li há tempos um artigo do Eng. José Lagarto em que o autor falava da sociedade de informação versus a sociedade do conhecimento e citava o papel da escola nesta importante e oportuna evolução.
Na altura achei muito interessante o artigo e digno de reflexão, para mim, em particular, como professora que sou. Ali, punha-se em relevo o papel que a escola tinha na transformação da informação, no sentido de levar os alunos a fazerem dessa informação, material para a construção do seu conhecimento.
Era ao professor que competia desempenhar o papel transformador do somatório de informação que possuía, transmitindo-o em conhecimentos, a serem utilizados pelos alunos.
A sala de aula, bem como as visitas de estudo e toda a actividade de complemento de conhecimento, eram o laboratório onde o aluno recolhia e "experimentava" conhecimentos de que fazia "cultura".
Depois, chegou a TV, o computador, a internet e o processo de "culturação" modificou-se.
Os alunos passaram a ir buscar os seus conhecimentos a estas novas fontes de cultura. Mas o papel da escola e dos professores não morreu. Apenas se modificou. Cabe-lhes orientar os alunos na busca e na aplicação dos conhecimentos que depois se vão transformar em cultura e preparação do futuro. E são eles, professores, que ajudam na ampliação do conhecimento, na aplicação correcta da informação recolhida, na elaboração da ideia e na realização de projectos futuros.
Estas "ferramentas" novas, invadem o nosso ambiente de trabalho e as nossas vidas. Nelas, com elas e por elas passa a transmissão da informação na escola.
É com elas que temos que conduzir o novo processo de ensino-aprendizagem porque são elas a grande e verdadeira aposta do futuro.
Mas temos que estar atentos porque não há só benefícios nestes métodos. Os alunos devem utilizá-los com critério e discernimento. Aproveitar o que têm de bom e estar atentos aos prejuízos, é um desafio que a vida actual nos coloca e que é preciso ultrapassar para conseguir alunos que sabem pertencer a uma autêntica sociedade de informação e tirar dela o melhor partido.
Ir. M.Teresa de Carvalho Ribeiro,o.p.
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