Faz sentido esta festa a seguir à Exaltação da Santa Cruz. É que Maria estava lá e foi a ela que Jesus entregou a humanidade, como seus filhos, na pessoa de S. João.
Fazia parte do Sim de Maria ser nossa mãe, estar junto à cruz de Jesus, assistir à Sua dor e à Sua morte, à Sua dádiva ao Pai.
Fazia parte do seu Sim dado na Anunciação.
Não sei exactamente o que rodeou o primeiro Sim de Maria: admiração, dúvida, incredulidade... Mas de certeza que não tinha já toda a carga de incompreensão, de dor, que o preencheria depois.
No entanto, foi já um Sim ao Amor de Deus, um Sim de correspondência ao convite que lhe era feito, um Sim sem restrições nem condições.
Na homilia da Missa da festa de Nossa Senhora, o sacerdote chamou a atenção para o facto de na nossa vida também haver muitos Sins a dizer e os primeiros serem sempre fáceis, rodeados de um ambiente de alegria, de certezas, de amizade.
É assim o Sim da Primeira Comunhão, do Crisma, do Casamento como da Profissão Religiosa ou do Sacerdócio.
É assim o sim do primeiro emprego, do primeiro compromisso, da primeira responsabilidade. Sins incondicionais, confiantes, sem avaliação de consequências.
Só depois é que chegam as dúvidas, as dificuldades, as angústias, a tentação de trocar o Sim pelo Não.
É que o Sim que damos, mais ou menos conscientemente, tem que ser, antes de mais nada, um sim ao Amor, como foi o de Maria. E o Amor, presidindo à nossa vida, não se deixa ultrapassar, não permite que as dúvidas se sobreponham às certezas.
Claro que o Amor, que é alegria e dom, também nos pede sacrifícios. Mas estes sacrifícios, estas dúvidas, estas dores, não podem fazer-nos esquecer os Sins que um dia dissemos nem o Amor a quem eles foram dirigidos.
Como Maria, junto à cruz, temos que tornar tão grande o primeiro Sim que englobe todas as dificuldades, receios e dores.
O Pai conta connosco e com o nosso Sim!
Ir. M.Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
Ir. M.Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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