
Deixar correr as horas e os dias, sem lhes dar uma ocupação útil causa em nós angústias, neurastenias, desinteresses.
É que não se trata de fazer uma pausa, de criar um momento de descanso, de reflexão, indispensáveis depois duma tarefa árdua. Não! É simplesmente gastar o tempo, deixar que os dias passem, uns após outros.
Talvez para não chegarmos a esta situação ou por deformação própria, muitas vezes ocupamo-nos demasiado, num frenesim de actividades, de trabalhos, de ocupações, muitas sem razão e que causam stress e são incontroláveis.
Passamos a não ter tempo para nada, não conseguimos perfeição no que fazemos e não nos satisfaz aquilo com que preenchemos os dias.
Não há tempo para os Amigos, não arranjamos espaço para reflectir e nem Deus consegue um lugarzinho para nos falar...

Temos sempre uma boa desculpa para não deixar o trabalho, não interromper as actividades: É preciso!... Tem que ser!...
Mas ainda é mais necessário parar para reflectir, para nos pormos diante de Deus e percebermos se trabalhamos por Ele ou simplesmente para termos uma razão para O não ouvir.
É preciso parar, fazer silêncio e ouvir o nosso coração, analisar as nossas verdades e compará-las com a Verdade que é Deus.
É necessário sermos capazes de enfrentar os nossos "medos" do silêncio e da solidão porque neles está Aquele que nos procura e nos quer dar a resposta às nossas inquietações e às nossas dúvidas.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, o.P.
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