Quando as folhas amarelas começam a cair anunciando a chegada do Outono e o céu mais cinzento fica mais triste, as crianças e jovens invadem ruas e jardins, com a sua alegria, parecendo dizer que a Primavera vem a caminho.
Ironia do destino, da vida, do tempo.
Realmente o Outono está a chegar mas o que já teve início foi o ano lectivo. E as crianças e jovens são convidadas a esquecer as férias e, com a sua alegria natural e esfuziante, começam a encher ruas e praças, animar autocarros, alegrar escolas, e dão algum simulacro de entusiasmo aos tristes e desiludidos da vida.
As aulas começaram!
Retoma-se a rotina mas com novos projectos, intenções, promessas...Recomeça-se a vida escolar mas mudam os livros, os professores, as aulas...Talvez a escola.
Recomeça-se, às vezes com alguma desilusão. É que, quando se pensa em recomeço, encaram-se as mudanças na expectativa de que o "hoje"nos traga o que o "ontem" nos não facultou e fazia parte dos nossos anseios e ambições.
Criamos ilusões, alimentamos sonhos impossíveis, acreditamos na possibilidade do "tudo", mesmo daquele que não conhecemos minimamente.
O recomeçar, sobretudo para os jovens, é como o esquecer o que foi e imaginar o que será, alicerçado em ideias vagas e ilusões criadas. Mas para os adultos também...
Por isso, se sentem muitas vezes frustrados, desiludidos, algumas vezes desanimados.
Mas, é preciso reagir!
Olhemos o futuro com optimismo porque cada ano é, em si mesmo, uma novidade, pelas aprendizagens que se fazem, pelas descobertas que se conseguem, pelas amizades alimentadas, pelas aventuras sonhadas e realizadas.
Saibamos agradecer a oportunidade de mais um ano para viver, tendo a certeza de que é um dom que recebemos e não podemos desperdiçar.
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