quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Conselhos de S.Paulo

 
Calhou-me outro dia ler a Leitura da Missa. Era um texto da 1ª carta de S. Paulo aos Coríntios.Aquele em que ele faz apelo aos cristãos para que não sejam apenas cumpridores da Lei, mas antes, vivam plenamente essa Lei, para poderem dar testemunho dela. Novamente o problema do testemunho...
Recordei-me hoje dessa leitura e relacionei com um texto que vi recentemente. Nele falava-se dos fariseus e da sua capacidade de querer parecer em vez de ser, do seu costume de fazerem as coisas, cumprir o que estava mandado, serem fiéis às normas estabelecidas, só para serem vistos e apreciados.
Também nós, muitas vezes, somos simples cristãos de fachada: limitamo-nos a cumprir em vez de viver. E, com que facilidade somos especialistas na arte de representar, de mostrar uma humildade que não sentimos, uma simplicidade que é apenas fantasia!...
E, para quê? Qual a razão de nos querermos mostrar simples e despretensiosos, quando o não somos?
Estamos somente a ser como os fariseus: parecer o que não se é. E o importante era realmente vivermos em simplicidade, em verdade, em humildade. Até porque a humildade é que nos une a Deus. É ela que faz que, se nos despojarmos, a graça de Deus nos venha preencher.
E as palavras de S. Paulo não me saem do pensamento. Bem aventurado S. Paulo tão simples e tão complexo!...
Ele não queria ser actor, não queria representar; queria viver uma Fé a que Jesus o tinha chamado; queria persuadir os seus ouvintes da necessidade de ser cristão o que significa ser de Cristo e como Cristo proceder.
Ele era o primeiro a sê-lo e a testemunhá-lo.
Ouçamos S.Paulo, meditemos nas suas palavras, entendamo-las até ao fim e viveremos a Lei de Deus , que não é, nem mais nem menos, do que a Lei do Amor.
                               Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P. 


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