Fim do tempo Pascal, estes cinquenta dias depois da Ressurreição de Jesus.
Àmanhã, terminado este tempo de festa, entramos no chamado " tempo comum " , aquele espaço que medeia entre o Tempo Pascal e novamente o nascimento de Jesus.
Domingo de Pentecostes. Hoje é um dia especial, o dia em que o Espírito Santo "torna novas todas as coisas" e impulsiona os apóstolos para, sem medo, darem o testemunho de Jesus Cristo. O dia em que a Igreja aparece já projectada e extensível a todo o mundo e a todos os homens.
Os discípulos estavam reunidos... Com medo? Na expectativa? Com a certeza de que o Espírito Santo viria, como Jesus lhes prometera? Não sabemos... Nem os Evangelhos nem os Actos dos Apóstolos são muito explícitos a este respeito. Mas, do que temos a certeza é que depois da descida do Espírito Santo eles não ficaram iguais. Saíram da casa, cheios de entusiasmo e de força, falando as línguas daqueles que estavam cá fora, fossem eles de que região fossem, e apresentando a Pessoa de Jesus Cristo, como o Filho de Deus.
E esta descida do Espírito Santo e esta capacidade dos discípulos se poderem dirigir a todos os homens, foi um primeiro testemunho da universalidade da Igreja e do poder de transformação do Homem por acção do Espírito Santo.
Nós, todos os baptizados, recebemos este Espírito Santo no dia do nosso Baptismo. Acreditamos que Ele nos pode transformar a nós e à nossa vida? Acreditamos que por isso ficámos diferentes?
Recebemos o Espírito Santo... Foi, para nós, o 1º Pentecostes. Como temos alimentado essa ideia de que Ele é força, é graça, é dom? Como temos difundido a variedade de dons que Ele estabeleceu em nós?
Sapiência... Entendimento... Piedade... São sete os dons do Espírito Santo que recebemos no Baptismo, que intensificamos na Confirmação.
Que temos feito com eles? Como os temos testemunhado?
Não será altura de fazer esta pergunta e tomar as medidas mais adequadas, para não desperdiçarmos dons?
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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