Mudar está na ordem do dia. E esta é uma realidade bem profunda, da qual nem sempre temos consciência e na qual não reflectimos com a frequência com que as mudanças se nos apresentam.
Razão tinha Camões quando escreveu o seu soneto:
Cada três meses mudam-se as estações do ano e por isso, variam as condições meteorológicas, a agricultura modifica-se e até o nosso temperamento e disposição são influenciados.
Duas vezes no ano muda-se o ritmo de vida porque o relógio adianta ou atrasa e o dia começa mais tarde ou mais cedo.
De quatro em quatro anos, na melhor das hipóteses, mudam os governos e alteram-se as leis, os regimens estabelecidos, a estabilidade da vida.
Quando terminam os contratos ou a satisfação do ou com o clube, mudam-se os jogadores, vendem-se os passes, vestem-se outras camisolas.
Muda-se o vestuário porque mudou a estação ou se vai a uma festa.
Até o sol muda cada dia. Nasce de manhã e com ele a alegria, um certo optimismo, uma inevitável vontade de viver. Depois, ele vai empalidecendo, descendo no horizonte e chega a noite com o seu manto de mansidão e, às vezes, de tristeza.
Estas são as mudanças que o planeta ou a vontade dos Homens nos apresentam.

Há as mudanças de vida, de ambiente, de casa, de cidade, de hábitos.
Mudanças que se esperam, mudanças com que não se conta! Mudanças que se procuram e mudanças que nos procuram. Mudanças que escolhemos e mudanças que se nos impõem.
"Todo o mundo é feito de mudanças".
E a nossa realização está em aceitar a mudança, colaborar com ela e agradecê-la como um Dom.
Fácil? Difícil? depende da disponibilidade do nosso coração e da entrega que fazemos nas mãos do Pai. Com Ele tudo se vai tornando fácil...
Olhemos com optimismo cada mudança que a vida nos apresenta na certeza de que "Deus não nos pede nada além das nossas forças" e que "nada acontece por acaso".
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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