Outro dia, andando eu por Lisboa, ouvi sem querer esta frase que me chamou a atenção: " Haja quem cuide de nós!". Não me apercebi do contexto, não conhecia quem a disse. Verifiquei apenas que era uma senhora que se dirigia a outras, sentadas numa esplanada.
Podia referir-se ao sector da saúde, - médicos e enfermeiros -, à família..., eu sei lá!... Milhares de possibilidades se nos apresentam ao espírito quando temos apenas uma frase como fio condutor :
"Haja quem trate de nós!"
Qual Sherlock Holmes , enquanto continuava o meu passeio, pus-me a fazer suposições e a imaginar hipóteses em que coubesse aquela frase. Lembrei-me dum documentário que passou na TV sobre a Fundação Champalimaud, um centro de estudos e tratamentos em que se procura fazer a síntese entre a investigação científica e a clínica.
Uma grande obra bem dentro dos desejos daquela senhora.
Mas, podemos descer a outras realidades, como a da saúde em geral, dos centros de saúde que fecham, dos hospitais que está planeado encerrar, dos médicos que são tão poucos que não têm tempo para os doentes que os procuram...
Problemas que nos afectam e afectam a sociedade em que vivemos.
Será que não podemos fazer qualquer coisa? Talvez neste âmbito não, mas há outro sector em que certamente podemos: o dos idosos que estão sozinhos, que não têm quem os trate nem se preocupe com eles.
A esses, podemos sempre dar um pouco do nosso tempo, do nosso carinho, o nosso sorriso.
O Voluntariado em Portugal tem vindo a crescer e a tornar-se mais útil e verdadeiro. Ele é uma forma de nos sentirmos prestáveis e de darmos testemunho da Fé que professamos.
E, neste Mês de Maria, a nossa Mãe sorri-nos e convida-nos a torná-la presente no seu papel de mãe e intercessora junto daqueles que nos rodeiam.
Maria veio a Fátima pedir que rezássemos pela paz, pela conversão dos que erram, mas... espera que, como cristãos, manifestemos o nosso Amor junto daqueles que não têm quem lho manifeste.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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