quinta-feira, 16 de maio de 2013

Histórias da História

De vez em quando lemos nos jornais ou ouvimos na TV notícias de ataques a cristãos, de assassínios de gente que acredita , que tem Fé, só e apenas por esse facto. É impressionante! E deixa-nos incomodados e inquietos. Por quê?, é a pergunta que se nos põe.
E volto a lembrar os monges Trapistas da Argélia e, recuando no tempo, evoco os primeiros cristãos mortos pelas feras, no Coliseu, para espectáculo dos imperadores. E não vale a pena exclamar "outros tempos..." porque os tempos, pelos vistos, repetem-se.
Talvez as motivações sejam outras mas as consequências não são diferentes.
Aqui há uns anos estive em Roma e visitei o Coliseu. Não foi a primeira vez mas, tal como então, senti um arrepio ao percorrer aqueles espaços que imaginei ainda tintos de sangue de muitos cristãos. Deram a sua vida, proclamaram a Fé, alguns foram declarados santos, mas...
É evidente que o Coliseu hoje é um monumento reconhecido pela Unesco, referenciado mundialmente, visitado por milhares de pessoas. Mas a sua história remonta ao primeiro século do cristianismo e é feita de lutas e de mortes; de combates de gladiadores; de confrontos entre escravos condenados e feras esfomeadas; de cristãos martirizados e imperadores insensíveis...
A sua construção foi iniciada pelo imperador Vespasiano no ano 70 d.C. e durou mais ou menos até ao ano 90 d.C., sendo inaugurado pelo filho de Vespasiano, o imperador Tito. Tinha uma capacidade para 90 mil espectadores e era o símbolo do Império Romano. Eleva-se a mais ou menos 50 metros de altura, com 4 andares que eram revestidos de mármores  e ladrilhos e havendo mesmo colunas ornamentais nos três primeiros níveis. No interior, um labirinto de galerias, corredores e túneis, o que permitia uma rápida evacuação.
Danificado no sec. V por um terramoto, foi restaurado posteriormente. No sec. XIII, foi utilizado para fortaleza militar e nos sec. XV e XVI saqueado e vandalizado.
O que hoje observamos é o que resta de todo o esplendor romano.
Monumento para admirar mas também local para lembrar todos os que ali sofreram e morreram e por eles fazer uma oração.
                              Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
 



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