Li outro dia um artigo escrito por um antigo professor do Colégio que tratava precisamente deste tema. Nele se falava das mudanças operadas na sociedade em que vivemos e das saudades que muitos sentem do tempo que foi e não volta, em que o mundo era mais solidário e mais humano, os homens se olhavam com amizade e as crianças respeitavam os mais velhos. Focava-se ainda a falta de valores e de afectos desta sociedade que parece indiferente ao que se passa à sua volta e concentrada apenas nos seus interesses, nos seus negócios e nos seus proveitos.
Mas, tal como o autor do texto, eu não acredito nessa indiferença nem nessa aparente falta de afectos e de valores. Aparente, sim, mas real não creio. É que, por mais superficial e distante que a sociedade venha a ser, por mais indiferente e egoista que se vá tornando, a sociedade é constituída por Homens e esses permanecem iguais a si mesmos. Cada um tem em si um manancial de potencialidades e de valores que se vão desenvolvendo com a idade e com a educação. No íntimo de cada um há amizade, sentido de justiça, verdade, solidariedade, capacidade de perdão... valores que queremos que perdurem e se transmitam de geração em geração. Valores que temos que educar e adaptar, mas Viver. Para isso temos que lutar, aprendendo-os em casa, praticando-os na escola, vivendo-os em sociedade. Só assim nos conheceremos e cresceremos como Homens e como filhos de Deus. Só assim a sociedade continuará a ser um espaço de alegria e esperança.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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