quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ainda a clonagem

Os indivíduos multicelulares, quer plantas quer animais, resultam dum  ovo que se obteve por fecundação entre um óvulo e um espermatozóide. É a primeira célula que depois se vai dividir em 2,4, 8... células e por aí fora até mais ou menos 100. Nessa altura está formada o blastocisto .
Até se ter 8 células, cada uma delas pode dar um novo indivíduo completo. São células totipotentes. De 8 a 16 células, temos já dois grupos diferentes - uma camada externa e outra interna - com funções diferentes. Às 72 horas o embrião implanta-se no útero e a camada interna vai originar os diferentes tecidos, diferenciando-se e perdendo a capacidade de formar qualquer outro tecido que não aquele para que se diferenciou .
Quando se trata da clonagem temos uma técnica específica que pretende "substituir " a fecundação.
Suponhamos o caso dum animal.
 Extrai-se o núcleo de uma célula de indivíduo adulto com o genoma completo e introduz-se num óvulo em que também se tenha extraído o núcleo. O embrião que se forma, é geneticamente idêntico ao do adulto original, visto não ter havido actuação de qualquer outro genoma.
Alguns dias depois desta acção, implanta-se no útero da fêmea que o vai gerar.
O núcleo que se transfere para o óvulo reprograma-se para adoptar o padrão típico dum embrião. Esta reprogramação é muito rápida e, por isso, conduz muitas vezes à morte do núcleo. E, também, pode provocar as más formações previsíveis.
A clonagem é defendida não apenas e sobretudo para fins reprodutivos mas também para a obtenção de tecidos e órgãos destinados a fins terapêuticos (G.B. 2001 ).
Em qualquer circunstância a dignidade humana e o seu valor têm que ser salvaguardados.
                             Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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