"A vida inteira depende de dois ou três sins e de dois ou três nãos ditos durante a Juventude".
É frase de escritor e cheira a poesia, dirão uns... Já foi há tanto tempo, exclamarão outros...
Talvez!
Com facilidade não temos presente, na idade adulta, que muitos dos nossos actos são consequência das escolhas que fizemos quando ainda éramos adolescentes e jovens.
Esquecemo-nos que "hoje" somos organizados porque "ontem" nos habituámos a ter horas e programas; não pensamos que agora somos responsáveis porque em jovens nos acostumámos a cumprir tarefas e ocupações; não nos lembramos que "hoje" respeitamos os mais velhos porque sempre nos habituámos a vê-los como um modelo a seguir.
E o inverso também é verdadeiro: muitas das dificuldades sentidas hoje e dos erros cometidos, alguns sem remédio, são resultado de não termos sabido dizer Sim ao Bem e Não àquilo que estava errado, quando ainda tínhamos idade para mudar com facilidade.
Muitas das angústias e dramas porque passamos resultam de não vivermos consciente e alegremente as escolhas feitas um dia.
A Vida não se apresenta pronta a ser usada; não basta crescer em idade; temos que ir consciencializando e mudando os nossos comportamentos.
"Ser como crianças", segundo o Evangelho, não é infantilizar a nossa vida mas fazer crescer nela o que há de puro, de verdadeiro, de confiante, na criança.
Façamos crescer em nós a criança que fomos, o adolescente e o jovem que criámos , ao mesmo tempo que ousamos olhar os Sins e os Nãos que dissémos outrora para com eles percorrer o caminho da Santidade.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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