sábado, 27 de outubro de 2012

A paciência... na agricultura e na vida


No Evangelho de hoje contava-se a parábola da videira que não dava frutos há três anos e que o dono das terras queria cortar para não estar a ocupar espaço.
Até parecemos nós a resolver, rapidamente, o que nos incomoda...
Simplesmente, na parábola, há um agricultor paciente que acreditava ainda nas possibilidades da videira e pede mais um ano ao dono do campo. 
Este agricultor é, para nós, o símbolo da paciência, da esperança, da compreensão, relativamente àqueles que não querem ouvir e pôr a render os seus dons. Não produzem fruto.
Mas o agricultor, o Pai, cheio de paciência, de carinho, de amor, não desanima, não abandona, não entrega cada um à sua sorte. Continua cuidando daqueles que são os Seus filhos e com quem Ele quer contar.
A videira que não dá frutos não seremos nós, que tantas vezes não nos esforçamos para sermos melhores, para darmos frutos de santidade? Dessa santidade que nos é pedida por Jesus "sede santos..." e é o nosso objectivo de vida...
Mas o agricultor também muitas vezes somos nós, quando temos ao nosso lado jovens e adultos que precisam do nosso incentivo, do nosso apoio, do nosso testemunho, para darem fruto. E aí é que tem que estar a nossa paciência, a nossa perseverança, o nosso amor e pô-los ao serviço deles.
Não será que muitas vezes fazemos antes o papel do dono do campo? Se não destruímos amigos e conhecidos, abandonamo-los, porque não temos calma nem paciência para esperar.
Não temos calma nem paciência para aguardar que a nossa palavra e o nosso testemunho cheguem ao coração dos que precisam de nós.
Não temos calma nem paciência para acreditar que vale a pena, que o fruto pode tardar, mas chega.
E, da mesma maneira, é preciso termos paciência connosco, para os nossos pequenos e grandes defeitos, que temos que corrigir, para tudo aquilo que nos impede de crescer na graça.
Tenhamos paciência e a certeza que vamos ser capazes de desenvolver as nossas qualidades , as nossas aptidões, que são DOM e vão frutificar.
                               Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
 

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