Nunca me tinha apercebido, até hoje, como uma primeira impressão pode ser totalmente modificada quando paramos para pensar e, sobretudo, para "sentir".
Entrar numa igreja e sentir-me esmagada pelo peso do cimento, chocada pela claridade da madeira dos bancos, espantada pela visão dum pequeno , calmo e envolvente jardim, eram demasiadas sensações num mesmo instante. Não era capaz de as descodificar para as poder apreciar. Nem tentei...
Depois, ajoelhei diante do sacrário, a primeira coisa que me encantou, sem interpretações, e sentei-me. Não sei se a contemplar o que me rodeava se a abstrair de tudo o que me inquietava.
Então, a minha atitude interior e os meus sentimentos mudaram radicalmente. Senti-me bem, descontraída, envolvida por uma paz e uma serenidade que há muito não sentia.
O cimento, o chão, os bancos, deixaram de ter cor e de ser presença. Ali, naquele banco, naquela igreja desconhecida, apenas Deus e eu.
Fechei os olhos e deixei-me embalar por aquela serena quietude e por aquela presença que me envolvia . Não disse nada. Não ouvi nada. Estive simplesmente... e a Paz de Deus encheu-me o coração. Porque eu quiz? Não! porque Ele quiz e eu deixei.
Tantas vezes impedimos Deus de estar presente porque deixamos que as "coisas" nos falem primeiro, porque consentimos que o ambiente fale mais alto que a realidade.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
Fico imensamente feliz por ter desfrutado tanto da nossa igreja conventual. Espero que volte mais vezes.
ResponderEliminarUm abraço fraterno.
Também fiquei feliz e tanto que não pude deixar de comentar, mesmo correndo riscos.
EliminarVoltarei, sempre que possapara reencontrar essa paz que ela transmite.
Umabraço fraterno