É ditado popular mas uma grande lição para a vida. Não deixar para àmanhã é ser diligente, responsável, cumpridor. É aprender a não pensar duas vezes quando há uma atitude que nos é pedida, seja ela fácil ou difícil. É pôr em prática a mensagem do Evangelho não "meter mão ao arado e olhar para trás."
Adiar é, de facto, uma tentação, a de ir empurrando para mais tarde aquilo que não nos apetece fazer ou nos custa assumir como princípio.
Adiar é a solução mais fácil para não nos comprometermos ou tomarmos uma decisão.
Mas, deixar para amanhã é partir do princípio que há sempre uma segunda oportunidade e esta, pode não chegar nunca ou chegar tarde demais.
Deixar para amanhã é o slogan do preguiçoso, do indeciso, do indolente, do orgulhoso. É próprio de muitos adolescentes e jovens que acreditam na "ciência infusa" e julgam que os conhecimentos se adquirem por osmose.
Nos adultos, o assunto é habitualmente mais complexo, porque o que se deixa para àmanhã são decisões, são esforços, dos quais dependem um futuro mais ou menos risonho.
Não sei se é genético, se é tradição, mas a verdade é que os Portugueses, duma maneira geral, só trabalham bem "sob pressão" e têm facilidade em deixar para depois o que lhes não parece ser de resposta imediata ou de importância capital. É pena!...
Deixar para àmanhã é não cumprir prazos, não ser fiel a compromissos, ter sempre desculpas, mais ou menos esfarrapadas, numa palavra, não ter relógio.
Lutemos para que todos aprendamos, como diz o filósofo, que " o presente é um instante entre o passado que já não é e o futuro que ainda não foi. "
Vivamos este Presente que nos é oferecido e façamos render o tempo que temos, para conseguirmos realizar os objectivos que definimos e os planos que traçámos.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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