
Depois dos abraços, dos cumprimentos, dos beijos, dos "como estás?", "que tens feito?",etc., vieram as recordações mútuas,de há mais de 50 anos. É que eu voltei à Faculdade no ano de 1961/62. Sim, que a "1ª encarnação" tinha sido entre 1953 e 56.
Um tempo sem história ou com outras histórias... Agora, o tempo era outro e as circunstâncias também.
Cheguei muito à vontade, claro! num Outubro ainda a cheirar a Verão. Já conhecia a casa e certamente o ambiente. Era na velhinha Faculdade na R. da Escola Politécnica. Velhinha, sim! mas cheia de tradições com o seu Jardim Botânico, o Observatório Astronómico e o Museu- aula de Botânica.
A minha chegada fez algum sucesso. Não sei se por causa do meu Hábito branco, se por almoçar na cantina com os outros alunos e frequentar a Associação de Estudantes, se por ir às reuniões da JUCF e da Conferência de S. Vicente de Paulo.
Mas... eu tinha dos melhores apontamentos das aulas de Anatomia e Ecologia... Isso, aproximou-nos.
Acabámos por estudar juntas e cimentar uma amizade que se mantem até hoje.
Foram anos inesquecíveis! Recordo-os com muita alegria, como os lembrei ao falar com aquela minha colega desses tempos.
O professores... bons e menos bons, como em toda a parte; os sonhos dos jovens que preparavam um futuro; as campanhas de Natal, com os peditórios Avenida da Liberdade abaixo e acima, entrando em quantos estabelecimentos havia; os cafés do meio da manhã, na "General" o nome "artístico" da pastelaria em frente da Faculdade; as matérias que se "empinavam" para "despejar" no exame e esquecer no dia seguinte...
Bons tempos, dizem alguns... Não! Tempos que nos trouxeram alegrias e tristezas mas nos ajudaram a "crescer" e a ser o que hoje somos e que pretendemos que corresponda ao que Deus quer de nós.
Ir. Maria Teresa de Carvalho ribeiro, O.P.
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