sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

recordações da vida de estudante



A Basílica da Estrela em Lisboa, mandada construir por D. Maria I e a primeira dedicada ao Sagrado Coração de Jesus é digna de ser visitada e um local para encontros habituais ou inesperados. Já lá encontrei muita gente: velhos conhecidos, amigos, antigas alunas... Outro dia, sem contar, esbarrei com uma antiga colega da Faculdade, da minha "2ª encarnação" (como eu costumo designar o tempo que andei na Faculdade depois de religiosa).
Depois dos abraços, dos cumprimentos, dos beijos, dos "como estás?", "que tens feito?",etc., vieram as recordações mútuas,de há mais de 50 anos. É que eu voltei à Faculdade no ano de 1961/62. Sim, que a "1ª encarnação" tinha sido entre 1953 e 56.
Um tempo sem história ou com outras histórias... Agora, o tempo era outro e as circunstâncias também.
Cheguei muito à vontade, claro! num Outubro ainda a cheirar a Verão. Já conhecia a casa e certamente o ambiente. Era na velhinha Faculdade na R. da Escola Politécnica. Velhinha, sim! mas cheia de tradições com o seu Jardim Botânico, o Observatório Astronómico e o Museu- aula de Botânica.
A minha chegada fez algum sucesso. Não sei se por causa do meu Hábito branco, se por almoçar na cantina com os outros alunos e frequentar a Associação de Estudantes, se por ir às reuniões da JUCF e da Conferência de S. Vicente de Paulo.
Mas também havia quem tivesse algum receio de se aproximar. Uma das minhas grandes amigas de hoje, não gostava nada desta jovem de fatos brancos compridos que, anos atrás, tinha sido colega dos actuais Assistentes.
Mas... eu tinha dos melhores apontamentos das aulas de Anatomia e Ecologia... Isso, aproximou-nos.
Acabámos por estudar juntas e cimentar uma amizade que se mantem até hoje.
Foram anos inesquecíveis! Recordo-os com muita alegria, como os lembrei ao falar com aquela minha colega desses tempos.
O professores... bons e menos bons, como em toda a parte; os sonhos dos jovens que preparavam um futuro; as campanhas de Natal, com os peditórios Avenida da Liberdade abaixo e acima, entrando em quantos estabelecimentos havia; os cafés do meio da manhã, na "General" o nome "artístico" da pastelaria em frente da Faculdade; as matérias que se "empinavam" para "despejar" no exame e esquecer no dia seguinte...
Bons tempos, dizem alguns... Não! Tempos que nos trouxeram alegrias e tristezas mas nos ajudaram a "crescer" e a ser o que hoje somos e que pretendemos que corresponda ao que Deus quer de nós.
                                      Ir. Maria Teresa de Carvalho ribeiro, O.P. 
 

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