
Era na Sé, como de costume e, este ano, presidida pelo sr. Patriarca, acompanhado por dois sacerdotes representantes dos três Colégios presentes: Ramalhão , S.José - Restelo e Bom Sucesso.
Independentemente de quem preside ou oficia, a recepção do Sacramento do Crisma é uma responsabilidade para quem o recebe.
É a renovação das promessas do Baptismo, feita pelos nossos padrinhos, em nosso nome, porque na maioria dos casos éramos ainda bebés quando nos baptizámos. E é a recepção, em plenitude, dos dons do Espírito Santo.
Como passar de ânimo leve por um acontecimento destes? Marca-nos para a vida e pede-nos a correspondência ao dom de Deus, na caminhada por um percurso de santidade.
E porque era importante estar presente e rezar por estes jovens e suas intenções e compromissos, lá me pus a caminho da Sé.
Cheguei cedo, com a intenção de rezar, de estar um pouco concentrada no Pai que ali se encontrava à nossa espera. E depois... também havia documentação a entregar na secretaria da Sé.

Decidi ir levar a documentação até haver um pouco mais de calma. Mas também não consegui: a sacristia estava fechada e o prior ausente.
Optei por me sentar num banco lateral que me pareceu mais sossegado e onde poderia talvez concentrar-me.
Eis senão quando se aproximam duas jovens e me pediram para tirar uma fotografia comigo. Porque não?
Aí perceberam que eu falava francês e trocámos algumas ideias. Foi um pequeno diálogo mas no fim uma delas declarou: Irmã, não calcula como gostei de a encontrar!...
Mais uma vez o meu hábito branco tinha chamado a atenção daquelas jovens e lhes tinha, de alguma maneira, tocado.
Foram-se embora e eu fiquei, mais uma vez, Com o problema do testemunho a remexer dentro de mim.
Tenho um hábito branco que representa muito para mim ... O que esperam os outros, de nós que o envergamos? É uma pergunta que me faço com frequência.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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