Este era mais um fim de semana na capital e em que na 6ª feira se realizava a recepção do Sacramento da Confirmação pelos alunos do Colégio.
Era na Sé, como de costume e, este ano, presidida pelo sr. Patriarca, acompanhado por dois sacerdotes representantes dos três Colégios presentes: Ramalhão , S.José - Restelo e Bom Sucesso.
Independentemente de quem preside ou oficia, a recepção do Sacramento do Crisma é uma responsabilidade para quem o recebe.
É a renovação das promessas do Baptismo, feita pelos nossos padrinhos, em nosso nome, porque na maioria dos casos éramos ainda bebés quando nos baptizámos. E é a recepção, em plenitude, dos dons do Espírito Santo.
Como passar de ânimo leve por um acontecimento destes? Marca-nos para a vida e pede-nos a correspondência ao dom de Deus, na caminhada por um percurso de santidade.
E porque era importante estar presente e rezar por estes jovens e suas intenções e compromissos, lá me pus a caminho da Sé.
Cheguei cedo, com a intenção de rezar, de estar um pouco concentrada no Pai que ali se encontrava à nossa espera. E depois... também havia documentação a entregar na secretaria da Sé.
Mas, qual quê!... Esqueci-me completamente que a capela do Santíssimo estava fechada e que na nave central bem como nas laterais era um corrupio de turistas que entravam, que saíam, que falavam, que faziam perguntas, que ouviam explicações...
Decidi ir levar a documentação até haver um pouco mais de calma. Mas também não consegui: a sacristia estava fechada e o prior ausente.
Optei por me sentar num banco lateral que me pareceu mais sossegado e onde poderia talvez concentrar-me.
Eis senão quando se aproximam duas jovens e me pediram para tirar uma fotografia comigo. Porque não?
Aí perceberam que eu falava francês e trocámos algumas ideias. Foi um pequeno diálogo mas no fim uma delas declarou: Irmã, não calcula como gostei de a encontrar!...
Mais uma vez o meu hábito branco tinha chamado a atenção daquelas jovens e lhes tinha, de alguma maneira, tocado.
Foram-se embora e eu fiquei, mais uma vez, Com o problema do testemunho a remexer dentro de mim.
Tenho um hábito branco que representa muito para mim ... O que esperam os outros, de nós que o envergamos? É uma pergunta que me faço com frequência.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
Sem comentários:
Enviar um comentário