segunda-feira, 19 de maio de 2014

A dualidade do Templo

" A glória de Deus encheu o Templo" afirma Ezequiel com convicção. Ele estava talvez a referir-se  ao templo, local de culto, de oração. E queria chamar a atenção para o facto de Deus, na Sua gloriosa manifestação, vir encher o lugar onde rezam os que têm Fé. Não importava a simplicidade ou magnificência do local; não era de considerar a beleza ou a falta dela. A glória de Deus vinha! 
Mas o mais importante a ter em conta é que esta afirmação é já um anúncio, a antecipação da vinda gloriosa do Enviado de Deus, o Filho, o Messias prometido.
Neste tempo pascal que estamos a viver, em que celebramos a Ressurreição gloriosa de Jesus Cristo e a Sua presença em nós, podemos referir a nós as palavras de Ezequiel.
É que nós, templos do Espírito Santo pelo Baptismo, somos esse templo em que se manifesta a graça de Deus. E a Igreja, hoje, não se circunscreve ao espaço, maior ou menor, ao lugar de culto e de celebração, por mais maravilhoso e digno que seja.
A Igreja hoje não são pedras, mesmo artìsticamente trabalhadas, porque "a pedra angular que os construtores rejeitaram" é Cristo que sobre ela edificou a Sua Igreja, que somos nós, todos os que temos fé.
E nós cristãos temos que sair de nós, para lutar pelos valores que a sociedade não está a reconhecer, na sua indiferença, no seu absentismo.
Não podemos ficar parados, calados. Como cristãos temos que seguir Jesus que "veio trazer o fogo à terra e o que quer é que ele se acenda".
Fogo que não são chamas, não é guerra, nem ódios mas antes um fogo que é Amor, que é fraternidade, que é esperança.
Jesus Cristo enviou o Seu Espírito para que o difundamos, com a nossa vida, com o nosso testemunho.
Todo o Baptizado tem que ser um apóstolo, um missionário, um transmissor da Mensagem.
E assim, o mundo entenderá a palavra de Ezequiel:
" A glória de Deus encheu o Templo"
Ir. Maria Teresa sde Carvalho Ribeiro, o.p.

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