Ouvi ontem na rádio que não sei quantos mil profissionais de saúde, deixaram Portugal, nestes dois últimos anos, para ir trabalhar longe.

Penso nos jovens que, com uma certa nostalgia mas com o entusiasmo próprio da juventude, deixam tudo à procura dum futuro melhor.
Mas penso mais ainda nos pais e mães de família que deixam cá uma parte da família para tentar encontrar para ela um futuro melhor.
E lembro também aqueles a quem a sorte não bafejou e que vão procurar longe o que a sua terra lhes negou.
" Quem parte leva saudades..." Saudades do que deixaram, do que fazia parte do seu dia-a-dia, da sua vida.

Lembrando a Ascensão de Jesus penso que os Apóstolos também sentiram saudades com a partida do Mestre. Por isso "ficaram a olhar para o céu " com a esperança, sem esperança ,de verem Jesus voltar.
E foi desiludidos que regressaram às suas terras ... Mas com esperança, ao mesmo tempo, porque confiavam. E Deus não os desiludiu. Enviou-lhes o Espírito Santo que os confortou e alicerçou na confiança.
Estes estados de alma passam por pais que ficam e jovens que partem; maridos que vão tentar a sua sorte e mulheres que ficam esperando.
As saudades, a tristeza da separação, as incertezas do futuro, as dúvidas do presente tudo pode ser superado se confiarmos plenamente em Deus, Ele que está sempre presente e nos enche com a Sua Graça e a Sua Força.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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