Começa hoje a Primavera. Diz o calendário e afirmam os meteorologistas.
Mas aqui no Ramalhão, em boa verdade, não parece nada que se iniciou a Primavera. O céu está nublado, o sol nem sequer sorri e um ventinho fresco desmente as previsões de temperaturas amenas.
Também as andorinhas, prenúncio de Primavera, não deram ainda o seu sinal de vida.
Com este tempo assim, ainda meio Inverno, os espíritos também se apresentam como o tempo, algo nublados.
Apesar do fresco da manhã dei uma volta pela quinta, a desanuviar ideias e a registar o que o tempo já nos oferecia: As orquídeas, nos seus vasos debaixo da varanda, estão lindas ; as violetas, nos canteiros em frente, começam a florir para nós e, mais além, num ou noutro lugar, uma flor tímida mas resistente sorri para mim.
E sentei-me num banco abrigado a pensar na lição que aquela humilde flor nos dá. Apesar do tempo ainda não ser propício ela quis alegrar aqueles que por ela passam e dar-lhes um sinal de vida e de esperança.
É uma mensagem para cada um de nós: saibamos sorrir apesar dos contratempos, espalhemos alegria embora as contrariedades e digamos que temos um Pai que, do céu, nos apela à Felicidade.
Levantemo-nos, sacudamos a letargia e... vamos.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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