A Igreja iniciou há duas semanas, liturgicamente, o denominado "Tempo comum". Os paramentos passam a verde, habitualmente, e a liturgia segue o ritual do ano em que estamos. Mas, nem por isso deixamos de ter festas. São santos, mártires, apóstolos. Aliás, na semana anterior tivemos nem mais nem menos que três grandes festas. E todas elas relacionadas com Jesus.
Primeiro, a festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus, a celebração da oferta permanente do Senhor que, pão e vinho, está cada dia no Altar e no Sacrário, para se nos oferecer, para que O possamos receber e adorar.
Depois, a festa do Sagrado Coração de Jesus, aquele coração trespassado pela lança e que concentra o amor de Deus pelos homens.
No dia seguinte, a festa do Coração Imaculado de Maria, a mãe de Jesus, da Igreja e nossa mãe.
Muitas vezes deixamos passar estas chamadas de atenção da nossa Fé, continuamos a vida sem parar, sem nos determos para reflectir nas razões que a Igreja tem para marcar determinados dias com solenidades que são um apelo.
Celebrar o Coração de Jesus é ter bem presente que nesse coração estamos nós, que desse coração trespassado jorrou sangue e água que limpou o nosso mal e inundou as nossas vidas.
Esta é uma devoção dos portugueses, a do Coração de Jesus. Aliás, a primeira basílica e maior na altura, dedicada ao Coração de Jesus encontra-se em Portugal, em Lisboa, e foi mandada construir por D. Maria I, rainha de Portugal.
E, festejar o Coração Imaculado de Maria é recordar que em Fátima Nossa Senhora prometeu aos pastorinhos que o seu coração venceria. E Jesus, ao dizer da cruz que João era o filho que Ele oferecia a Maria, estava a colocá-lo no coração da Mãe e, com ele, todos e cada um de nós.
Não deixemos passar estas festas sem termos ocasião de tornar mais próximo, mais intenso, mais verdadeiro, o nosso amor de filhos.
Jesus chama-nos e Maria está presente junto de cada um para nos acompanhar e interceder por nós.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O:P:
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