terça-feira, 25 de junho de 2013

Cantar alivia a alma


"Quem canta seus males espanta"  diz o povo. Não sei se tem razão mas é um facto que antigamente era muito frequente ver, pelas aldeias, as populações cantando enquanto realizavam as suas múltiplas  tarefas, quer domésticas quer no campo.
E mesmo na cidade se ouviam inúmeros pregões: era o amolador de tesouras e navalhas; era o vendedor dr castanhas; era a peixeira com seu peixe fresco; era a compradora de trapos e garrafas...
Cantar, de alguma maneira, é dizer o que nos vai na alma, de triste ou de alegre, de feliz ou menos feliz.É abrir o coração e libertar frustrações e aliviar desalentos. É deixar que os sonhos cresçam e se vão alinhando a seu gosto...
O pior é quando não se sabe cantar!...
Mas fechar-se em si mesmo é amarfanhar a alma e enquistar o coração; é o inverso de procurar e alimentar a felicidade.
Estou a pensar naquele filme já antigo, a Música no coração em que a aspirante a freira transbordava de música e enchia dela a sua vida. Em toda a parte e sempre ela cantava. Oportuna e inoportunamente lá estava ela e a sua música. E com a música motivou sete crianças e salvou uma família.
É uma história, claro! mas também uma lição de vida porque cantar ( mesmo para quem não tem voz) é um libertar de tudo o que oprime; é poder olhar a vida com olhos novos.
"Quem canta seus males espanta" e suas alegrias cultiva e sua felicidade
constrói.  Até porque também é afirmação corrente que cantar é rezar duas vezes. E quem não precisa de rezar? Quem não precisa de contar a Deus as suas alegrias e angústias, de Lhe pedir conforto e apoio? Quem não tem graças a agradecer e louvores a dar a Deus?
Então, canta... mesmo que seja apenas com o coração.
                       Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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