terça-feira, 1 de outubro de 2013

S. José ou S. Domingos?


"O melhor do mundo são as crianças". Realmente! Com a sua ingenuidade , curiosidade natural, espontaneidade.
Ainda ontem uma pequenina do 1º ano me interpelou naturalmente àcerca do nome do Colégio: Afinal é S. José ou Ramalhão?
Com um sorriso, respondi-lhe que eram as duas coisas: Ramalhão é o nome do local onde o Colégio se encontra ; S. José o seu padroeiro.
Mas logo outra, mais velhinha, se meteu na conversa para dizer: " mas se as Irmãs são Dominicanas, porque razão o Colégio não se chama de S. Domingos?"
Aqui, a explicação era mais complexa e foi necessário remontar às origens, falar-lhes da Madre Fundadora, da sua devoção a S. José, do desejo que ela tinha que todos os Colégios o tivessem por patrono e protector. 
Ainda bem que estávamos na hora do recreio porque aqui começaram as questões e as dúvidas. Aproximaram-se outros alunos e o "inquérito " começou. É que S. José conheciam-no eles mais ou menos. Pelo menos sabiam que era o pai adoptivo de Jesus, esposo de Maria, a Mãe do menino Jesus. Mas de S. Domingos não conheciam nada. No entanto, não o tinham esquecido. E um rapazinho, que se juntou ao grupo, perguntou a razão porque, sendo S. Domingos um homem, nós Irmãs nos dizíamos Dominicanas. Ele pensava que só havia Dominicanos...
Aqui, a explicação teve que ser mais completa. Tive que falar do primeiro convento fundado por S. Domingos em Prouille, precisamente para albergar as primeiras monjas Dominicanas, um grupo de mulheres convertidas pelos frades Dominicanos. Houve que explicar a diferença entre vida contemplativa e activa, a existência de três ramos distintos numa só Ordem Dominicana, a qual foi fundada no sec. XIII e se manteve até hoje, fiel ao seu carisma.
Mas eles eram demasiado pequenos para entenderem tudo isto, apesar da visão simplista que lhes dei. Duvido mesmo que tenham entendido até ao fim. Mas, satisfizeram-se , mesmo não lhes mostrando o que havia de novo e original na Fundação de S. Domingos: A originalidade duma vida religiosa que associava a versão contemplativa da vida monástica com a missão apostólica da pregação da Igreja. Não lhes falei da necessidade do estudo que anima os Frades dominicanos e da oração persistente que os leva à contemplação e se traduz em pregação. Isso, fica para outra altura e outro "público".
"Contemplata allis tradere" é o seu lema que tentam viver e transmitir.
                             Ir. Maria Teresa de Carvalho ribeiro, O.P.

2 comentários:

  1. Por tudo isto e tudo o mais é importante e será sempre importante a presença constante das Irmãs e o seu ensinamento. Um bem hajam!

    ResponderEliminar
  2. Obrigada! Tentamos estar presentes e atentas à transmissão gratuita e livre do nosso carisma

    ResponderEliminar