quarta-feira, 27 de março de 2013

Traição, revolta, morte

A Semana Santa vai-se aproximando do seu climax e vai-nos marcando através das leituras do dia. Hoje, foi a descrição da traição de Judas que marcou e de certa maneira nos deixou interrogações. Como é que aquele homem, que viveu três anos com Jesus, presenciou os Seus milagres, assistiu às Suas pregações, viu como Ele rezava e... não aprendeu nada? Como é que ele, depois duma última tentativa de Jesus, dum último apelo à sua conversão, foi capaz de virar costas e ir entregar o seu Mestre?
E vendeu-O... Por trinta moedas, dinheiro que não chegou a aproveitar, que deitou fora, talvez num último sentimento de revolta.
Arrepiamo-nos ao pensar nisto, ao rever o texto do Evangelista S. João, ao encarar com esta personagem e relembrar cada um dos passos que são descritos e em cada uma das consequências.
E, se queremos ser realistas,  somos levados a pensar que também isto nos acontece a nós, às vezes, muitas vezes...
Também nós estudámos o catecismo, vamos à missa, fazemos retiro, rezamos, assumimos compromissos e depois, voltamos as costas e trocamos Jesus por algumas moedas... talvez por nada...por momentos de prazer e de alegria fictícia.
Judas chegou a arrepender-se mas, demasiado tarde.
Que connosco, ao menos isso não aconteça.
Que nunca nos cansemos de pedir perdão porque, como disse o Papa Francisco, Deus nunca se cansa de nos perdoar.
                      Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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