Os dias passam... o tempo corre, escoa-se entre os nossos dedos , como a areia da praia.
Ainda "ontem" era Natal e já estamos em vésperas de Páscoa. Passou um trimestre quase sem se dar por isso. Os alunos estão novamente em férias; os professores em reuniões; os funcionários em arrumações e limpezas.
A casa muda de especto e parece estranha com este silêncio em que não há gritos de crianças nem animação de adultos.
Espreita-se pela janela e apenas o ar húmido deste fim de Inverno em que uma réstea de sol parece querer animar a paisagem e os corações.
É ocasião para apreciar o silêncio e tentar aproveitar para tentar desenvolver em nós um clima de sossego que ajuda à reflexão.
Mas o silêncio às vezes oprime, cansa... Sobretudo se não estamos disponíveis para o aproveitar, se não queremos fazer desta tranquilidade o ambiente propício para acolher Deus e a Sua mensagem.
Deus fala no silêncio!
O dia desce, a luz diminui, a noite chega... o silêncio impõe-se. Já não há reuniões, nem trabalhos, nem actividade. Apenas sossego, paz.
Deixemo-nos invadir por esta tranquilidade, por esta calma, por este silêncio. Lutemos contra a tentação de letargia, de tristeza, de inação. E não tenhamos medo deste silêncio que vai tomando conta de nós. Paremos... Fiquemos diante do sacrário tentando ouvir o Senhor que, morreu por nós, mas ressuscitou e está presente para sempre . E fala-nos no silêncio do nosso coração.
Procuremos aquele ambiente em que sabemos estar apenas nós e Deus.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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