Hoje, último domingo da Quaresma, já ninguém se lembra do que ficou para trás. Coincidiu com ele o primeiro Angelus que o Papa veio rezar na praça se S. Pedro e todos nos concentrámos nisso. Já lá vai o tempo do Conclave, a espera pela eleição, a festa face ao anúncio do novo Papa... Igualmente os acontecimentos internos , importantes para o Colégio, mas muito menos que um novo Sumo Pontífice .
O Papa Francisco apareceu à janela, deu os bons dias e, baseado no Evangelho do dia, falou na paciência de Deus e na Sua misericórdia. Uma homilia curta mas em que insistiu que o Deus de misericórdia está sempre atento e disponível para perdoar. Nós é que muitas vezes não vamos pedir o Seu perdão...
Realmente não temos o coração aberto e suficientemente desprendido para acolher a misericórdia e o perdão.
Razão tem um amigo meu... que ainda acrescenta que dificilmente descemos até ao âmago de nós mesmos para nos libertarmos de todo o erro e pecado que lá se esconde, e sermos perdoados totalmente.
Jesus face aos homens que acusavam a mulher de adultério, fê-los descer ao fundo de si mesmos e reconhecer que eram pecadores. Só aqueles que estão puros, livres, podem acusar. Por isso, eles se retiraram, um a um " começando pelos mais velhos".
É mais uma lição para a nossa caminhada da Quaresma, esta que Jesus nos dá. É tão fácil julgar, acusar e condenar!... E ficar de ânimo leve sem nos apercebermos que nenhum julgamento tem valor sem provas e que só um coração puro é capaz de ver, em verdade, a distinção entre o erro e a ausência dele.
Libertemos o nosso coração e disponhamo-lo não para acusar mas simplesmente para usar de misericórdia, a do Pai.
Ir. M.Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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