No domingo passado foi um reboliço aqui no Ramalhão. Um autêntico "levante" na capela com Irmãs para dentro, Irmãs para fora num vai e vem imenso. Até iam chegando tarde à Missa..
Depois, durante todo o dia foram telefonemas, pessoas que vinham e iam, idas à quinta, perguntas sem fim... uma autêntica azáfama.
E tudo isto porquê? Muito simplesmente porque uma Irmã encontrou dois desconhecidos, perto da lavandaria. À sua pergunta que estavam ali a fazer e como tinham entrado, responderam que tinham saltado o muro para vir à procura dum cão que lhes fugira.
A Irmã entrou em pânico e veio pedir auxílio. Lá foi com ela uma equipa mais afoita que entrevistou os ditos homens e ficou a saber que estavam no campo de treino de cães, por detrás do Ramalhão, e lhes tinha fugido um dos animais.
Claro que não ficámos de todo convencidas com as explicações das pessoas (depois já eram sete), que só muito mais tarde se identificaram e fomos-lhes dizendo que estavam em propriedade privada e entrar assim, saltando um muro, é crime.
Mas lá os fomos deixando procurar o cão. Pareciam tão preocupados... Mas nunca percebemos o motivo desta preocupação.
Todo o resto do dia foi um corrupio de gente, de trás para diante, em busca do fugitivo. Também serviu para sabermos mais coisas àcerca do grupo mas a dúvida persistia e persiste.
Do cão... nem sombras!
Se realmente existiu e não foi apenas um pretexto para vir conhecer a quinta, o pobre do animal soube muito bem desenvencilhar-se e a esta hora já está longe. Até porque os nossos 3 cães não gostam de concorrência e sabem muito bem tornar-se desagradáveis para intrusos.
Não sei se tenho mais pena do cão, se dos treinadores da escola, se de nós que nos envolvemos, sem querer, numa história que não era nossa. Umas Irmãs continuam receosas, outras procuram o cão e outras lamentam tudo isto. Mas sempre o cão é o assunto do dia.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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