Estive a reler, no Evangelho de S. Lucas, o episódio do cisco e da trave nos olhos e fiquei a pensar como é fácil encontrar problemas, defeitos e erros nos que nos rodeiam.

E pior, muitas vezes estamos mesmo empenhados não só em ver o mal do vizinho mas também em depreciar o que os outros fazem de bem. E andamos tão ocupados que nem temos tempo para nos analisar e perdemos assim a oportunidade de reconhecer em nós valores que nos escapam, na ânsia de minimizar apenas os que encontramos nos que nos rodeiam.
E com muita facilidade julgamos e condenamos.
E com que direito o fazemos?
Quem somos nós para julgar e condenar?
E, muitas vezes, baseados apenas em aparências e insinuações. Não temos provas, não conhecemos factos... E mesmo que tivéssemos...
Com alguma facilidade caio nesse mal mas fico sempre magoada, depois, quando tomo consciência da injustiça e leviandade com que fazemos julgamentos. Esquecemo-nos completamente que "Deus é lento em julgar e rápido em amar".

Não sei se adianta ficar magoada, pedir perdão pela injustiça cometida, pela leviandade do julgamento que fazemos.... Certamente, sim! mas o que vale a pena é corrigir, esforçar-se para fazer como Jesus, que não condenava, antes olhava os pecadores com um olhar de misericórdia.
Que ele nos acuda e abençoe.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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