terça-feira, 5 de março de 2013

A injustiça do julgamento

Estive a reler, no Evangelho de S. Lucas, o episódio do cisco e da trave nos olhos e fiquei a pensar como é fácil encontrar problemas, defeitos e erros nos que nos rodeiam.
Jesus recomendou aos fariseus que fossem primeiro tirar a trave do seu olho para poderem ver o cisco no do vizinho... Mas nós, quantas vezes nos esquecemos desta recomendação...
E pior, muitas vezes estamos mesmo empenhados não só em ver o mal do vizinho mas também em depreciar o que os outros fazem de bem. E andamos tão ocupados que nem temos tempo para nos analisar e perdemos assim a oportunidade de reconhecer em nós valores que nos escapam, na ânsia de minimizar apenas os que encontramos nos que nos rodeiam.
E com muita facilidade julgamos e condenamos.
E com que direito o fazemos?
Quem somos nós para julgar e condenar?
E, muitas vezes, baseados apenas em aparências e insinuações. Não temos provas, não conhecemos factos... E mesmo que tivéssemos...
Com alguma facilidade caio nesse mal mas fico sempre magoada, depois, quando tomo consciência da injustiça e leviandade com que fazemos julgamentos. Esquecemo-nos completamente que "Deus é lento em julgar e rápido em amar".
Todos temos o direito de errar, de fazer mal, de pecar, de nos arrepender, arrepiar caminho e... voltar a errar. Por isso, naturalmente é que Jesus disse a Pedro que devia perdoar não sete vezes mas setenta vezes sete.
Não sei se adianta ficar magoada, pedir perdão pela injustiça cometida, pela leviandade do julgamento que fazemos.... Certamente, sim! mas o que vale a pena é corrigir, esforçar-se para fazer como Jesus, que não condenava, antes olhava os pecadores com um olhar de misericórdia.
Que ele nos acuda e abençoe.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
 
 

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