Foi este o tema duma composição quando andava no 5º ano do liceu (actual 9º ano). Não sei o que escrevi mas acho que estava inspirada pois a professora (que era bem exigente) gostou muito e classificou com Muito Bom. Aliás, nessa altura, eu tinha imaginação, graça e geito para escrever...

Os pingos que escorriam das árvores pareciam lágrimas escorregando até ao chão.
Um cenário triste e melancólico.
Mas, se pensarmos bem, a chuva é uma bênção, uma necessidade, para o Homem e para a Terra.
E depois... água é sinónimo de limpeza. Fomos limpos com a água do Baptismo...Há uma sensação de frescura quando nos lavamos e conhecemos o contacto da água ...
A chuva pode ser triste, criar neurastenia em nós, mas muda tudo por onde passa. E, se é assim miudinha e leve, parece acariciar-nos e murmurar, enquanto dai deslizando pelas árvores, pelos vidros da janela, pelas paredes lisas dos prédios.
Fico olhando essas gotas que caem e pensando que demasiadas vezes encaramos apenas o lado negativo das coisas: chuva, molhado, tristeza... E não avaliamos o aspecto positivo: a limpeza, a fertilidade, a renovação.

Renovar... tornar novo...todas as coisas, a começar pelo pensar e o agir.
Renovar... mudar o que está mal; intensificar o bem.
E quando a Páscoa chegar, mesmo que seja com chuva, haverá a alegria de tudo se viver de novo.
Preparemo-nos para essa alegria, mesmo quando a chuva parece tornar tudo triste e feio.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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