terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Ano Novo
Feliz Ano Novo !
Para todos os meus Amigos
um ano novo cheio de graças, alegria e paz, em que a presença do Menino recem nascido encha os nossos corações.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Comentário à oitava do Natal
Ao pensarmos nesta oitava do Natal, numa primeira e rápida interpretação, parece-nos estranho que logo a seguir à alegria da Festa do Natal, uma festa que nos enche o coração, venham as celebrações dos mártires, que nos parecem, à partida, situações de tristeza.
Contradição? Não!... Jesus Cristo, o menino cujo nascimento festejamos, veio ao mundo para dar a vida por nós.
Os mártires, homens de Fé, corajosos, seguidores do Amor de Deus, dão a sua vida por Ele, pela Verdade em que acreditam.
Talvez tivéssemos que abrir uma excepção para os santos Inocentes que morreram antes de poderem afirmar a sua Fé e as suas convicções.
Mas esses, tiveram o dom de "nascer no lugar errado, no tempo errado" diriam alguns sem pensar mais. Mas não! Eles morrerem no lugar de Jesus, eles deram a sua vida por causa da maldade de Herodes que julgou assim livrar-se dum "pretenso" concorrente ao lugar - o Rei dos Judeus.
Têm razão de ser,estas festas de Mártires, convictos ou inocentes. Elas chamam a nossa atenção para o lugar que Jesus deve ter no nosso coração , para o sentido autêntico do Natal , festa de um Deus feito Homem que veio à terra para fazer dos homens filhos de Deus.
Os Santos Inocentes, que ainda não o sabem, vão dar testemunho d`Aquele por quem morrem -Cristo - que os liberta e que eles anunciam mesmo sem palavras, por quem dão a vida mesmo sem o terem escolhido.
Nós que conhecemos Jesus, que O amamos, que O queremos testemunhar, vivamos plenamente este tempo em que tudo é um apelo e um convite a Ser-se plenamente.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
domingo, 29 de dezembro de 2013
A nossa família
Hoje é o dia em que se festeja a Sagrada Família e, verdadeiramente, devia também ser o dia de todas as famílias.
Em Nazaré Jesus, Maria e José viviam o seu Sim de simplicidade e responsabilidade: Maria, a jovem que estava noiva , que pretendia dedicar-se a Deus e a quem o Pai pede para aceitar ser a Mãe do Seu filho; José, o jovem apaixonado que sonhava construir um lar, constituir família e a quem Deus modificou os planos e pede a sua colaboração para proteger Jesus e Maria. E depois, ou primeiro, Jesus que aceitou vir ao mundo pelos homens para lhes mostrar a Lei do Amor e os fazer filhos de Deus.
É um modelo de aceitação, de oferta, de disponibilidade, esta família. Vivem como toda a gente. Uma família que reza, que trabalha, que é solidária, certamente. Um Menino que é Deus mas que cresce como os outros meninos, muito embora também "em sabedoria e graça". Um Menino que fica no Templo, porque "tem que tratar das coisas do Seu Pai" mas que, à palavra de Maria e José desce com eles, obediente, para Nazaré.
Que a festa da Sagrada Família não seja mais uma nas nossas vidas, mas sirva de exemplo para o ano que vai começar.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Eis o Natal
Boas Festas! Santo Natal!
Um Natal em que o coração se abra para acolher este
Menino que nos deseja livres e prontos para construir
a Felicidade que Ele quer para nós.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
A caminho do Natal
Estamos na ante-véspera do dia de Natal. Venho da capela, onde o presépio já se nos apresenta, no meio das suas folhagens e enfeites do costume. Sempre igual e sempre diferente.
No meu quarto também já está o presépio. Sem verduras... apenas uma vela, como todos os anos, ali bem em evidência.
E como todos os anos, também, destronou a imagem da Sagrada Família que habitualmente está em cima da cómoda. Mas no Natal, é o presépio, com um menino pequenino, que é o centro das atenções.
É engraçado que ambos os conjuntos representam as mesmas figuras. Mas, na sua diferença, marcam situações também diferentes. No presépio temos Jesus que se nos apresenta na sua simplicidade e fragilidade de recem-nascido.
É o apelo para que, como Ele, aceitemos ser crianças, naquilo que elas têm de verdade, de simplicidade, de dependência.
A minha Sagrada Família representa já um Jesus rapazinho, embora ainda dependente de Maria e de José. Talvez aquele jovem que ficou no Templo porque " tinha que tratar das coisas de Seu Pai"...
É a fase de crescimento em que se prepara para dar ao mundo o testemunho do Pai e, simultaneamente,moldar o coração para fazer a vontade d´Aquele que O enviara.
O Natal, o nascimento de Jesus, é simplesmente o princípio. É o primeiro de vários Sim que englobam também o de Maria, de José e mesmo o de Ana e Zacarias.
Alegremo-nos com Jesus que nasce. Façamo-lo nascer no nosso coração e preparemo-nos para "crescer" como Ele e como Ele, repetir os nossos Sim.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
É engraçado que ambos os conjuntos representam as mesmas figuras. Mas, na sua diferença, marcam situações também diferentes. No presépio temos Jesus que se nos apresenta na sua simplicidade e fragilidade de recem-nascido.
É o apelo para que, como Ele, aceitemos ser crianças, naquilo que elas têm de verdade, de simplicidade, de dependência.
A minha Sagrada Família representa já um Jesus rapazinho, embora ainda dependente de Maria e de José. Talvez aquele jovem que ficou no Templo porque " tinha que tratar das coisas de Seu Pai"...
É a fase de crescimento em que se prepara para dar ao mundo o testemunho do Pai e, simultaneamente,moldar o coração para fazer a vontade d´Aquele que O enviara.
O Natal, o nascimento de Jesus, é simplesmente o princípio. É o primeiro de vários Sim que englobam também o de Maria, de José e mesmo o de Ana e Zacarias.
Alegremo-nos com Jesus que nasce. Façamo-lo nascer no nosso coração e preparemo-nos para "crescer" como Ele e como Ele, repetir os nossos Sim.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
domingo, 22 de dezembro de 2013
Certezas ? Ou opiniões?
Estamos em vésperas de Natal e o tempo faz apelo à nossa interioridade mas também à nossa alegria.
" Alegremo-nos porque o senhor está perto!"
Mas nem sempre as coisas são assim tão fáceis. A semana passada estive em Lisboa e, como de costume, fui à Missa à minha Igreja, a Basílica da Estrela. O celebrante não era o habitual. Antes, um sacerdote idoso, um pouco monótono, sem entusiasmo. A assistência, inferior ao habitual: uma dúzia de senhoras, idosas também e dois homens.
Ao fundo da Igreja e eu só a vi na altura da comunhão, uma jovem com um bebé pela mão.
No fim da Missa, vim-me ajoelhar cá atrás e fiquei próximo dela, que rezava com um ar triste. O bebé é que se meteu comigo, puxando-me pela capa e dizendo-me adeus. A jovem não dava por isso, tão concentrada estava na sua oração. Mas, quando se preparava para sair, reparou no meu sorriso para o bebé e, aproximando-se, pediu-me: Irmã! Reze por mim...
Não tive tempo para dizer nada mas logo ali lembrei aquela jovem ao Senhor. Mais uma a quem a vida não estava, certamente, a correr bem, mas que acreditava no poder da oração duma religiosa. Quem me dera!...
E novamente me veio a convicção de que o meu hábito branco tem sido uma razão de crédito para muita gente, como o foi para aquela jovem.
Realmente nós, em Portugal, não temos muito a tradição do uso do Hábito na rua, sobretudo os frades. Influência da Implantação da República em que era proibido o uso do Hábito fora de casa, pressão depois do 25 de Abril e a conotação com fascismo... muitas coisas contribuíram para a opção pela veste civil.
Mas o facto é que o Hábito é um testemunho e leva as pessoas ao vê-lo a confiarem em nós e pensarem que somos diferentes. E somos... apesar de sabermos que "o hábito não faz o monge" e que pertencemos, também, ao grupo de pecadores.
Mas, fomos chamados a uma vida diferente e respondemos a esse apelo mesmo não sendo perfeitas. Deus, que nos escolheu, vai moldando o nosso coração e ajuda-nos a aproximarmo-nos do Seu ideal.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
Realmente nós, em Portugal, não temos muito a tradição do uso do Hábito na rua, sobretudo os frades. Influência da Implantação da República em que era proibido o uso do Hábito fora de casa, pressão depois do 25 de Abril e a conotação com fascismo... muitas coisas contribuíram para a opção pela veste civil.
Mas o facto é que o Hábito é um testemunho e leva as pessoas ao vê-lo a confiarem em nós e pensarem que somos diferentes. E somos... apesar de sabermos que "o hábito não faz o monge" e que pertencemos, também, ao grupo de pecadores.
Mas, fomos chamados a uma vida diferente e respondemos a esse apelo mesmo não sendo perfeitas. Deus, que nos escolheu, vai moldando o nosso coração e ajuda-nos a aproximarmo-nos do Seu ideal.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
sábado, 21 de dezembro de 2013
O Natal tempo de frio?
Estamos em vésperas de Natal. Está um frio bastante intenso, pois a temperatura desceu de repente. Mas, é natural que esteja frio. Estamos em fins de Dezembro e o Inverno começa oficialmente no dia de hoje. Aliás, Natal é sinónimo de tempo assim áspero,rígido, com frio. Um ano passei o Natal no Brasil e achei estranho aquele calor, aquelas idas à praia, as Missas com as pessoas todas a abanarem-se. Natal em Portugal é sinónimo de aquecimentos, casacos, mãos que se esfregam. Ai que frio! Mas não é isso que faz diferente o Natal. E também não foi isso que fez diferente o dia de hoje. É que está um tempo húmido, nubloso, sem sol, uma ameaça de chuva que ainda não chegou, umas nuvens escuras que encobrem o sol.
Sol!... ainda ontem o tivemos lindo, acompanhando a viagem que fiz, com outras Irmãs, para estarmos presentes na tomada de posse de um Amigo.
Mas, realmente, considero que foi uma Graça. Até o frio era menos intenso... O Pai sabia que o tempo tinha que acompanhar e ajudar situações como aquela. Tudo tinha que traduzir Alegria, Esperança, Felicidade. E fez-nos a vontade!
Aliás Ele faz-nos sempre a vontade, desde que a nossa esteja de acordo com a Sua...
Mas hoje o tempo fez-nos a partida e mostra-nos a sua faceta mais triste: um dia que convida à melancolia , à tristeza.
Mas não é por estes acidentes que os portugueses são considerados um povo triste, que até canta o Fado...
Em boa verdade, o nosso país é um país de sol .Três quartas partes do ano o "astro rei" mostra a sua versão mais acabada dum dia de bom tempo.
Em boa verdade, o nosso país é um país de sol .Três quartas partes do ano o "astro rei" mostra a sua versão mais acabada dum dia de bom tempo.
E mesmo se chover, mesmo que o dia amanheça triste e nubloso, isso não pode afectar a nossa disposição e as nossas almas. Sobretudo agora em que nos preparamos para acolher o Deus que se fez Homem.
Ele e apenas Ele é importante e Ele chega para encher de alegria as nossas almas .
Cantemos jubilosos os hinos do Natal.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Pedir...
" O que te peço, Senhor, é a graça de ser.
Não te peço mapas, peço-te caminhos.
O gosto dos caminhos recomeçados,
com suas surpresas, suas mudanças, sua beleza.
" Não te peço coisas para segurar,
mas que as minhas mãos vazias
se entusiasmem na construção da vida.
"Não te peço que pares o tempo na minha imagem predilecta,
mas que ensines meus olhos a encarar cada tempo
como uma nova oportunidade.
"Afasta de mim as palavras
que servem apenas para evocar cansaços, desânimos, distâncias.
" Que eu não pense saber já tudo àcerca de mim e dos outros.
" Mesmo quando eu não posso ou quando não tenho,
sei que posso ser, ser simplesmente.
É isso que te peço, Senhor: a graça de ser nova"
Não te peço mapas, peço-te caminhos.
O gosto dos caminhos recomeçados,
com suas surpresas, suas mudanças, sua beleza.
" Não te peço coisas para segurar,
mas que as minhas mãos vazias
se entusiasmem na construção da vida.
"Não te peço que pares o tempo na minha imagem predilecta,
mas que ensines meus olhos a encarar cada tempo
como uma nova oportunidade.
"Afasta de mim as palavras
que servem apenas para evocar cansaços, desânimos, distâncias.
" Que eu não pense saber já tudo àcerca de mim e dos outros.
" Mesmo quando eu não posso ou quando não tenho,
sei que posso ser, ser simplesmente.
É isso que te peço, Senhor: a graça de ser nova"
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
As luzes e a Luz
Estamos quase em vésperas de Natal mas em muitas igrejas e capelas ainda não se vê o tradicional presépio. Em contrapartida, encontramos, em todas elas aquela coroa do Advento, com as suas velas acesas. Ainda só três, porque não chegámos ainda ao 4º domingo. São três mas são um sinal e um apelo. Um apelo que se deve ir tornando cada vez mais intenso à medida que nos aproximamos do Natal, um apelo para uma preparação mais efectiva para a festa que vamos celebrar no dia 25
Cada domingo, mais uma vela que se acende; mais uma luz que fica tremeluzindo como a chamar a nossa atenção.
Interessante este simbolismo da luz que se repete na Páscoa com o acender do círio pascal, círio esse que permanece aceso durante todo o tempo pascal, como presença de Cristo entre nos. No Natal, talvez diferente, mas a mesma luz como um sinal de esperança e uma certeza. Esperança que vai aumentando à medida que cada vela se vai acendendo. Certeza, porque no dia 25 a luz é total com a presença do Menino Jesus.
Já não sei quem foi que definiu o Natal como a Alegria que está viva no nosso coração e brota dele para o exterior. É o Jesus que existe , presente em nós e se manifesta nesta noite abençoada.
E será assim se tivermos vivido estas semanas em Jesus e por Jesus.
A propósito,hoje, fez-me impressão um comentário que ouvi na rádio, referindo que tudo se prepara para uma festa em que não se conta com o convidado principal.
E impressionou-me porque me lembrei da conversa com os meus alunos e as suas definições de Natal sem Jesus.
Façamos uma grande festa, manifestemos a nossa alegria mas não esqueçamos o nosso presente para o Menino, a nossa presença, a nossa fidelidade.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
GAUDETE !
Alegria!...
Foi o tema do último domingo, em que se celebra, de maneira especial, a alegria, a felicidade pela vinda do Menino que já vem a caminho, já está próximo. Ele que já veio há dois mil anos e continua presente.
Essa alegria pede-a o padre Tolentino de Mendonça nas palavras que se seguem:
Seja ela o dom que sustém esta hora da nossa vida.
Tenha o poder de reedificar o caído,
de aclarar a tenda que a noite atribulou,
de unir aquilo que a tristeza ou o cansaço interromperam.
Seja ela o sinal da leveza com que nos vês,
a carícia que nos estendes no tempo,
o assobio que inaugura as tréguas.
Dá-nos Senhor, neste tempo,
a alegria como alento revitalizador.
Inscreva ela em nós o sabor
da vida abundante e multiplicada;
perfume cada um dos nossos gestos;
Traga às nossas palavras a luz das estrelas
que emprestam à noite uma inesquecível doçura.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Interrogações
Hoje, quando saía da missa na Basílica da Estrela, uma criança pedia à porta. Não foi isso que me impressionou mas sim o diálogo que ouvi. Uma senhora aproximou-se dela e deu-lhe qualquer coisa dizendo que era para o Natal. E a criança, com os olhos muito abertos, perguntou: E o que é o Natal?
Não sei qual foi a resposta da senhora porque me vim embora a pensar que tinha feito essa mesma pergunta aos meus alunos do Catecismo e que eles me tinham falado em festa, em ceia, em presentes, em família, em alegria... apenas um me disse que era a vinda de Jesus. E os outros , contestatários reclamando : Isso também nós sabíamos... E ele, muito senhor de si : Sabiam mas não disseram!...
E é assim, realmente, que vivemos o Natal. Todos sabemos que o Natal é a comemoração da presença de Jesus entre nós, mas em primeiro lugar, lembramos a festa que é preciso preparar, os presentes que é necessário comprar, a ceia que tem que ser organizada, a família que temos que convidar...
Tudo coisas importantes, que fazem parte do Natal, mas que não são o seu centro nem a sua razão.
Todos, mais ou menos, com carinho, fazemos o presépio, maior ou menor, mais ou menos tradicional mas sempre com Maria, José, os pastores que foram os primeiros a receber a notícia, os anjos que a deram e... o Menino Jesus, evidentemente. Quem se esqueceria de o colocar?
Quando vou visitar o presépio de Machado Castro, na Basílica da Estrela, encantam-me as mil cenas ali representadas. Acredito que não estavam presentes em torno da gruta de Belém, que foi imaginação e arte do autor.
Mas, no fundo, representam o mundo de todos nós, presentes junto ao Menino de Belém. Precisamos de ter presente que o Natal é isto: um menino Deus que veio à terra há 2000 anos, por amor dos homens e continua presente porque continua a amar-nos.
Que neste Natal haja um momento para lhe dizermos que queremos estar com ele, com a nossa presença e o nosso amor e corresponder ao seu apelo de quem conta connosco.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Sabedoria
" A sabedoria da vida não consiste em fazer aquilo de que se gosta mas em gostar do que se faz"
Esta é uma afirmação de Leonardo da Vinci que, quando a li a primeira vez, me impressionou verdadeiramente. É que, para mim, esta sabedoria da vida relaciona-se intimamente com felicidade, experiência, enriquecimento, o que pressupõe uma conquista feita de esforço, de partilha, às vezes de abdicação.
Quando fazemos aquilo de que gostamos não precisamos, geralmente, de esforço, de renúncia, duma aceitação prévia. Fazemos uma escolha que nos agrada e basta sermos fiéis a essa escolha para ficarmos satisfeitos. A vida demasiado simples, demasiado ao nosso gosto, não nos ensina nada, não nos ajuda a crescer, não aumenta os nossos conhecimentos, não prepara a nossa santificação. Simplesmente, vamos alegremente, deixando que os dias passem , o tempo corra, a vida se realize.
É isto a Felicidade? Talvez!... Mas não aumentou a nossa virtude, a nossa experiência. Não constituiu uma sabedoria de vida, não nos enriqueceu nem fortaleceu o nosso querer.
A vida ensina-nos quando nos faz renunciar a nós mesmos , aos nossos gostos, aos nossos sonhos.
A vida muitas vezes traz-nos surpresas; coloca-nos em situações que não escolhemos nem desejámos; oferece-nos mudanças e pede-nos trabalhos que não fizeram parte dos nossos planos nem constituíram opção de vida.
É fácil? Não!... Mas aí entra a nossa acção o nosso querer, a nossa confiança em Deus, a certeza de que Ele quer a nossa felicidade e " não nos pede nada para além das nossas forças".
E quando chegamos a aceitar fazer , alegremente, aquilo que não escolhemos; quando nos empenhamos na actividade que se nos propõe e não desejámos; quando dizemos Sim a um plano que não é o nosso; quando procuramos gostar do que estamos a fazer e o fazemos com amor, então! enriquecemo-nos, aumentamos o nosso valor como pessoas, caminhamos para a santidade, alcançamos a sabedoria.
Leonardo da Vinci, afinal, também aprendeu a reflectir, e obteve a chave do conhecimento, a capacidade de construir uma Vida e nela "instalar" a Sabedoria.
Peçamos ao Pai que nos ajude a ver a vida por este prisma de optimismo e disponibilidade.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
"Vagabundos e extravagantes"
A semana passada li um comentário de Marie-Alain Couturier que teria sido uma observação do Arcebispo de Rouen em referência ao desejo do P. Hermel de ser dominicano. Teria ele afirmado:" Mais um vagabundo para essa Ordem de extravagantes".
Esta observação do Arcebispo pode, à primeira vista, parecer demasiado imprópria e depreciativa em relação à Ordem dos Pregadores. Mas, se pensarmos bem e a lermos no seu contexto histórico, talvez fiquemos com outra opinião.
A Ordem dos Pregadores é uma Ordem dita "mendicante", uma vez que São Domingos queria que os seus frades não tivessem bens próprios, o que não parecia lógico nem comum naqueles tempos. Depois, era uma Ordem fundada para a pregação, onde e quando fosse necessária. Logo, uma Ordem de itinerantes, que se deslocavam de local para local, onde era necessário levar a palavra de Deus.
Ainda, uma Ordem de estudiosos, de homens que tinham assumido que um dos pilares da sua vida era o estudo, ao mesmo tempo que a contemplação e a pregação. Homens que pregavam a Palavra que tinham contemplado e que conheciam através do estudo.
Tudo coisas que, certamente, contrastavam com os costumes e princípios pré-estabelecidos do Arcebispo.
Fácil de compreender, naqueles tempos, esta Ordem de homens que pregavam contra a heresia e o desconhecimento? Homens " sem eira nem beira" que deambulavam e falavam para um público que nem sempre os conseguia ouvir? Não!.. não era fácil. Daí o comentário um pouco agreste e incisivo do Arcebispo de Rouen.
Mas ainda hoje é um pouco assim que se avaliam os Dominicanos... Uma Ordem que se mantem muito livre, aberta aos sinais dos tempos, independente, ciente das suas convicções. Numa palavra, se entendermos "extravagante" sem o sentido depreciativo, talvez não lhe assente muito mal. Mas são extravagantes que estudam , que pretendem deixar uma doutrina sólida e que fizeram muitos santos. Quantos não passarão ao nosso lado tentando "tornar grandes todas as coisas"!...
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Santos que não nasceram santos
A semana passada a Igreja celebrou a festa de Santo Ambrósio Bispo e doutor da Igreja.É uma festa fora do vulgar; ou melhor, o bispo é que teve uma eleição que está fora daquilo a que estamos acostumados. É que santo Ambrósio é Bispo e, na realidade nem padre era. Simplesmente, como diríamos hoje, um autarca simples e bom.
Era de origem grega e fez os seus estudos, de jovem nobre, em Roma e depois realizou a sua actividade em Milão, uma das cidades mais importantes. Era simples, justo e apreciado pelos seus concidadãos.
Viveu no século. IV e, teve como mestre Simpliciano que o preparou para o catecumenato e que, portanto, o introduziu também na prática das virtudes cristãs.
Nessa época, eram os cristãos que escolhiam o seu Bispo e, conta a lenda, que foi uma jovem que lançou para o ar o nome de Ambrósio para ser o bispo, nome esse que foi acolhido com entusiasmo pela população que se juntara para proceder à eleição.
Fosse como fosse, o facto é que os cristãos de Milão o elegeram para bispo e não se arrependeram. Ele foi um exemplo de caridade, amor ao próximo, um servidor da Igreja e, com os seus escritos e pregação, um defensor da doutrina cristã contra o arianismo.
E porque um "grande homem" não passa sem deixar marcas, foi Santo Ambrósio que levou Santo Agostinho a converter-se. Foi o seu exemplo e o seu testemunho e, quem sabe? os seus sábios conselhos que fizeram do jovem inconstante e inconsequente o Santo consciente e sábio a quem a Igreja tanto deve.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
sábado, 7 de dezembro de 2013
Encontros que são alegrias
Encontro de Antigas Alunas ,hoje, aqui no Ramalhão!
Eram mais ou menos do mesmo tempo e até festejaram os anos duma delas, a Teresa. Alias, ela fez-se bem desejada pois nunca mais chegava e o almoço estava à espera. Mas que amigas pacientes!...
Depois, foram os abraços e os beijos e contaram-se histórias de há 30 anos; lembraram-se acontecimentos esquecidos por umas e bem presentes na memória de outras; falou-se de professores e de castigos; de passeios e viagens, de alegrias e tristezas.
Mas, engraçado! elas próprias reconhecem que, do tempo que aqui passaram,o que pesa e as marca foram as coisas boas. As más... recordam-se algumas como acontecimentos que tiveram o seu lugar. E afirmam que o que são hoje o devem ao tempo que estiveram no Colégio e às boas influências a que estiveram sujeitas.
Depois do almoço, a visita à casa, à quinta, aos lugares onde tinham sido felizes.
Foi uma grande alegria para mim estar com todas estas pequenas (já grandes) alunas do Colégio. É sempre uma comoção e uma alegria . E tiraram-se fotografias, em grupo e individualmente. E voltaram-se a tirar porque as primeiras não ficaram bem... E fazem-se promessas de as enviar utilizando as novas tecnologias...
É por isso que ainda não tenho aqui nenhuma!...
Mas em contrapartida vou colocar a foto duma antiga professora cuja filha estava presente e até falou à mãe para eu ter oportunidade de a ouvir. Não a vejo há tantos anos e trabalhámos juntas tanto tempo...
São memórias, são presenças.
Gostaria que estes dias se repetissem mais, porque tornam presentes um "ontem" que queríamos que fosse base para um "àmanhã".
O meu obrigada a todas e a cada uma por quem já rezei esta noite.
E que, neste Natal, a Vinda de Jesus as encontre vigilantes.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Conto de Natal
Conto de
Natal
Tinha
acabado a Missa do Galo. Terminara já a Ceia do Natal. Os membros da família, a
pouco e pouco, haviam saído para regressar às suas casas.
Nós,
os da “casa”, arrumada minimamente a sala, recolhidos os presentes que tinham
cabido a cada um, acauteladas as virtualhas para o almoço do dia seguinte, como
recomendara a minha avó, íamo-nos retirando para os nossos quartos.
Deitei-me
e dormi.
Acordei
sobressaltada com uma luz intensa que parecia vir do presépio pequenino que
estava em cima da mesa do canto.
Levantei-me
num pulo, impressionada com aquela luz e aquele Menino que parecia saltar da
mesa.
Fui
à janela e sosseguei. A luz não era senão a do candeeiro da rua cuja
luminosidade entrava pelas cortinas abertas.
Tudo
normal… Tudo natural…
Mas
o sorriso do Menino, esse… estava lá. E estava lá também o Seu olhar, tão
intenso que parecia fitar-me. E aquela voz, dentro do meu peito, igual à que um
dia fora dirigida ao jovem rico: Queres?...
Sentei-me
no chão a pensar. É Natal. Natal mais uma vez. Natal que se repete ao longo de
dois mil anos. Natal!... Sempre igual e sempre novo.
E
o Menino que continua a olhar-me e a perguntar: Queres?
E
eu quero… mas o quê?
Continuo
a olhar o Menino do meu presépio pequenino e compreendo que o que Ele quer é
que O amemos e nos amemos uns aos outros, fazendo, de cada coisa pequenina, o
nosso Sim, como Maria.
É
já manhã e eu mantenho-me a olhar esse Menino que é Deus feito Homem e que
sorri, porque espera um mundo diferente, em que o amor vença o ódio e a
generosidade a indiferença.
Fico
olhando e acabo adormecendo. E sonho com um mundo em que “o lobo e o cordeiro
habitam juntos, o menino brinca na toca da serpente e o leão e o boi comem
ambos palha”.
É
isto o Natal: Um homem que olha outro homem e o trata como irmão” Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Festa de Natal
Está-se a preparar a festa do Natal no nosso Colégio. Não é novidade nenhuma, pois todos os anos havia festa de Natal. A novidade está em haver um bazar e a festa se realizar no dia de Nossa Senhora da Conceição
Antigamente, a festa era no fim do trimestre e incluía alunas de todos os anos. Só recentemente ficou restringida aos mais pequeninos e passou a ser na 6ª feira anterior ao fim das aulas .Os outros anos ficaram com o Carnaval e o fim do ano para as suas apresentações.
A festa do Natal era sempre uma festa solidária. Claro que não se pagavam bilhetes nem entradas mas no fim da representação havia um lanche, trazido pelos pais e vendido a toda a gente. O lucro revertia sempre para uma instituição necessitada: as missões em África, em Timor ou na Albânia ou ainda para instituições daqui de Portugal onde também existem muitas carências.
A festa, além de ter esta vertente solidária era também um momento de partilha de interesses, de aprendizagem do trabalho em conjunto, de camaradagem e de colaboração.
Toda a gente, professores, funcionários, Irmãs, alunos, pais, estavam prontos para ajudar, dar ideias, aprontar cenários e vestimentas.
A grande mentora era a Ir. Conceição que abria o roupeiro e, se necessário, ficava noites inteiras fazendo, desfazendo,melhorando, adaptando fatos para todos os personagens. Uns era preciso encurtar, outros apertar, outros ainda embelezar ou improvisar. Que a imaginação da Irmã não tem limites e a habilidade também não.
Eram cheios os dias que antecediam a festa e todos necessitavam qualquer coisa: Irmã! é preciso uma estrela, um fato de carneiro, um bordão para o pastor, uma túnica para o anjo, a coroa de Nossa Senhora, a cama do Menino Jesus...
A tudo a Irmã acedia e a todos satisfazia.
No fim, depois da agitação e do desassossego, todos levavam para casa a mensagem de Amor e de Paz que o presépio representa e todos enchiam o coração com o Amor que é dádiva dum Deus feito menino.
Cada Natal deve trazer-nos a certeza de que o Menino de há 2000 anos continua presente e quer encontrar-se connosco.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,o.p.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Contrastes
Começou o Advento e iniciaram-se, portanto, os preparativos para o Natal, a festa em que todo o mundo participa.
Há mais movimento na rua e, apesar da tão falada crise, continuam a enfeitar-se montras e casas. Ninguém quer chegar igual ao dia de Natal.
Ainda bem! Importante é que não seja só no exterior e naquilo que é secundário. Em todo caso, as pessoas parecem mais felizes embora encolhidas por causa do frio.
Mas em contraste com esta alegria, seja ela interior ou apenas aparente, os noticiários todos os dias nos dão notícia de catástrofes e acidentes: são as inundações na Madeira, é o avião moçambicano que se despenha na Namíbia, é o helicóptero que cai em Glasgow, é o comboio que descarrila nos E.U.A. E são as revoltas na Ucrânia e na Tailândia. Isto para não falar em tudo o resto que já é demasiado conhecido.
Tudo acontecimentos chocantes e preocupantes. Até parece que temos que parar para reflectir sobre as razões de tudo isto : imprevidência dos homens, actividades prejudiciais , falta de cuidado, ambição desmedida? Tudo isso ou nada disso...
Acontecimentos que não podem interferir na nossa preparação e vivência do Natal. É que Natal não é apenas nem sobretudo festa de família, jantar, presentes, enfeites, alegria...
Natal não é um acontecimento maior ou menor que todos os outros. O Natal é a comemoração do presente que Deus fez ao Homem. O presente do Seu amor feito Menino. É nisso que temos que pensar. Um presente que Deus nos deu há dois mil anos e continua a dar porque Jesus continua entre nós e o Amor de Deus não falha nem nos falta.
Tudo o resto, mesmo os presentes que damos com carinho, que recebemos com gratidão, são um reconhecimento deste Amor de Deus para connosco.
Procuremos preparar o nosso Natal não apenas nas coisas exteriores mas sobretudo mudando o nosso coração, abrindo-nos aos que nos rodeiam, vendo com olhos novos os que precisam e confiam em nós.
" Natal é sempre que um homem encontra outro homem e o trata como irmão" .
Mas agora é Jesus que vem e se nos dá numa fraternidade divina.
Preparemos e vivamos verdadeiramente este Natal.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
A Alegria
domingo, 1 de dezembro de 2013
Advento e compromissos
E eu sentei-me a pensar nos inúmeros propósitos e intenções feitos, cada ano, no começo do Advento. E a recordar também quantos desses programas foram adiados por razões que considerei absolutamente irrecusáveis.
Todos nós, ao começar um novo ciclo de vida estabelecemos metas, fazemos projectos, definimos objectivos. E sentimos e dizemos a nós mesmos que isso é indispensável, necessário, fundamental, tem que se cumprir. E somos sinceros, verdadeiros...
Depois, o trabalho, o "imediato", os outros, vão-nos fazendo ir adiando o que considerávamos inadiável. E, dia após dia, ficam esquecidos, empurrados para o dia do Nunca, esses nossos "inadiáveis projectos" e necessidades.
Isto, aconteceu-me a mim!... E a vós, não acontece?
Mas o mais engraçado ou o mais incompreensível é que, se se nos deparar um imprevisto, uma catástrofe, algo inesperado, aquilo que era suficientemente importante para nos fazer adiar os nossos planos sine die, deixou de o ser e passou para secundário. Então, deixamos trabalho, interesses, os outros, tudo.
É a caridade, a preocupação pelos outros, a disponibilidade. Certamente! E Deus, de certeza fica contente com esta nossa abertura de coração mas... fica à espera.
E lembra-nos que todos somos mais ou menos como o homem do Evangelho a quem Jesus chamou. Ele queria segui-Lo mas considerou que primeiro tinha que ir enterrar o pai.
E que lhe disse Jesus? " Deixa que os mortos enterrem os seus mortos. Tu, segue-me!"
E nós, nunca ouvimos isto?
Saibamos estabelecer prioridades ao fazer os nossos planos de Advento, contando já com os imprevistos. Depois, tentemos cumpri-los., sabendo que, em breve, Jesus virá e aguarda pela nossa oferta.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, o.p.
sábado, 30 de novembro de 2013
Fim e princípio
Último dia do Ano Litúrgico. Como tudo na vida também o Ano Litúrgico tem um começo e um fim. E não é por acaso! Amanhã, 1º Domingo do Advento, recomeça um novo ciclo, para a Igreja e para nós cristãos.
É altura de parar e olhar para trás, com perspectivas de futuro. É ocasião de aferir das promessas feitas , dos planos desenhados, dos progressos projectados.
Uma pergunta se impõe: Como correspondi ao Pai que conta comigo e não me santifica sem a minha colaboração?
Como vivi este ano, certamente cheio de aventuras, de surpresas, de alegrias e angústias?
Como realizei os propósitos estabelecidos, como corrigi as deficiências encontradas, como ampliei o que sou e o que tenho?
Mas imediatamente outra questão se levanta: Como vou viver o ano que começa?
Deus espera a minha resposta ao Seu apelo, como espera a resposta de todos os que se dizem cristãos e O amam. Espera a concretização dum projecto de vida no Livro novo que se abre e onde se escreve a História da nossa Vida.
Começa um novo Ano Litúrgico! Que comece também uma nova etapa,uma caminhada nova, leve, verdadeira.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,o.p.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
As pessoas
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Ontem e hoje
Num dia de sol embora frio apetece passear pelo pinhal e dar um vista de olhos pelo "solar" observando aquelas crianças que cada vez são mais novinhas e mais infantis.
Ali trabalham as mesmas pessoas " do meu tempo " : as educadoras ( a Rita, a Joana, a Ana Rita ) e as auxiliares ( a Ana Luisa, a Isabel, a Emilia )
Educadoras e auxiliares dedicadas e amigas, que muitos pequeninos acolheram e ajudaram a formar.
Olhando aquele espaço, não pude deixar de recordar velhos tempos em que não havia "solar". É que aquela construção (mais simplificada, claro!) era nem mais nem menos do que a casa do caseiro- o sr. José Marques. Quando ele mudou de residência, remodelámo-la, embelezámo-la e passou a ser o centro das actividades circum-escolares. À procura de um nome pomposo, a Paula Dias Agudo lembrou a designação de " solar das actividades" e ficou... ate lá se instalar a Infantil e o 1º ciclo. Então encurtou-se o nome e ficou apenas "solar" designação que mantem até hoje.
Antes, o 1º ciclo (antiga primária) ocupava o espaço ao pé do Laboratório de C.N. , estendia-se pelo que depois foi o Conselho geral e ia até ao 2º andar. A infantil, estava situada nas galerias do Ginásio velho.
Nessa época faziam história a Ana Augusto, ( uma educadora que era muito terna e nunca levantava a voz ) e as professoras Fernanda, M. do Rosário, Paula e Cristina Roquete, entre outras)
A Maria do Rosário e a Rita eram assíduas e indispensáveis nas viagens. Alegres, responsáveis, atentas, amigas... Na Disney tinham "lugar cativo". Acho que nem a viagem era a mesma coisa sem elas.
Talvez por isso tenhamos deixado de lá ir...
Acho que muitas alunas recordam estes professores e estas viagens, com alegria e também com saudade.
E, certamente um grupo da 4ª classe dessa época lembra uma ida à Bélgica, integrada numa actividade da Câmara de Sintra e do movimento cultural "Princesas chegam ; princesas partem".
Ficámos num Colégio de meninas em Bruges e fazíamos grupo com os alunos dos Jesuítas. Com eles realizámos muitas actividades semelhantes às que fazíamos cá e visitámos várias cidades.
A festa do "casamento da nossa Princesa com o príncipe belga" realizou-se com toda a "pompa e circunstância" na câmara de Bruxelas.
Belos Tempos! Viagens inesquecíveis! Trabalho e cooperação imparáveis!
O meu obrigada a todas e cada uma. Que o inesquecível seja incentivo para novos entusiasmos.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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