
Quando fazemos aquilo de que gostamos não precisamos, geralmente, de esforço, de renúncia, duma aceitação prévia. Fazemos uma escolha que nos agrada e basta sermos fiéis a essa escolha para ficarmos satisfeitos. A vida demasiado simples, demasiado ao nosso gosto, não nos ensina nada, não nos ajuda a crescer, não aumenta os nossos conhecimentos, não prepara a nossa santificação. Simplesmente, vamos alegremente, deixando que os dias passem , o tempo corra, a vida se realize.
É isto a Felicidade? Talvez!... Mas não aumentou a nossa virtude, a nossa experiência. Não constituiu uma sabedoria de vida, não nos enriqueceu nem fortaleceu o nosso querer.
A vida ensina-nos quando nos faz renunciar a nós mesmos , aos nossos gostos, aos nossos sonhos.
A vida muitas vezes traz-nos surpresas; coloca-nos em situações que não escolhemos nem desejámos; oferece-nos mudanças e pede-nos trabalhos que não fizeram parte dos nossos planos nem constituíram opção de vida.

E quando chegamos a aceitar fazer , alegremente, aquilo que não escolhemos; quando nos empenhamos na actividade que se nos propõe e não desejámos; quando dizemos Sim a um plano que não é o nosso; quando procuramos gostar do que estamos a fazer e o fazemos com amor, então! enriquecemo-nos, aumentamos o nosso valor como pessoas, caminhamos para a santidade, alcançamos a sabedoria.
Leonardo da Vinci, afinal, também aprendeu a reflectir, e obteve a chave do conhecimento, a capacidade de construir uma Vida e nela "instalar" a Sabedoria.
Peçamos ao Pai que nos ajude a ver a vida por este prisma de optimismo e disponibilidade.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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