quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O Ano que chega

Mais um ano que em breve vai conhecer o seu fim. Foram 365 dias que percorremos com mais ou menos entusiasmo, mais ou menos alegria, mais ou menos sucesso.
E ao chegar ao fim e voltar a última folha do calendário, é ocasião de pararmos e de nos perguntarmos como vivemos este ano, que importância demos ao que Deus nos pedia, que lugar teve Jesus nas nossas vidas.
Cada ano que passa são graças que aproveitámos ou deixámos desperdiçar; foi caminho a percorrer, bem ou mal escolhido; foram Sins ditos ou apenas balbuciados.
E o tempo não volta atrás!...
O que fizemos ou deixámos de fazer, a escolha que nos encantou e aquela que passou ao nosso lado, o amor de Deus que acolhemos ou nos deixou indiferente, foram valores que contribuíram ou não para aquele apelo que Jesus faz a cada um de nós para que sejamos "santos como o nosso Pai é Santo".
Mais um ano que chega ao fim.
Diante do presépio há um lugar vago para nós. Ajoelhemo-nos lá e peçamos perdão ao Menino recem-nascido das nossas infidelidades; choremos no seu ombro pequenino os nossos desvios de caminho; lamentemos a Ele, que tudo compreende, o tempo perdido. 
Mas, igualmente, abramos o nosso coração ao Seu amor e prometamos um novo recomeço.
 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Entre o ontem e o àmanhã

O "ontem"  foi o dia do Natal, com a sua alegria, o seu movimento, a troca de presentes, o desejo de Boas Festas. Talvez também com a reflexão de que um Menino nasceu, um Deus nos foi dado... Seria importante...
"Amanhã" vai ser o Novo Ano, a festividade de Maria Mãe de Deus, o dia mundial da paz. Uma nova ocasião para se ser feliz, pelo menos aparentemente. Há novas felicitações, novas festas, passas e champanhe à meia noite.
Entre o ontem e o àmanhã ,um espaço que parece vazio, apesar de haver festividades religiosas, música nas ruas, novidades. E o Natal não acabou...
Bem nos podemos  lembrar que Natal é todos os dias, "quando acolhemos aquele que passa ao nosso lado e fazemos dele um amigo". É este Natal que temos que levar connosco para o ano que começa. Um Bom Ano! desejamos... e esperamos que ele aconteça. Mas afinal o bom ano não depende de mais ninguém nem de nada senão de nós mesmos: da nossa Fé, da nossa confiança, da nossa Alegria, do nosso trabalho.
Nada nem ninguém pode fazer o que depende de nós.
Comecemos o ano com entusiasmo. Deixemos, junto do Menino de Belém, as nossas penas, as nossas dores, os nossos fracassos do ano que vai findar. Iniciemos o ano, acreditando que "tudo vale a pena" e que o Menino do presépio está presente e nos acolhe. Tenhamos nós o coração aberto para O acolher a Ele.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Memórias

Recordar é viver..." diz o poeta
Por isso, estou a recordar o dia dos Santos Inocentes dos meus tempos de Noviça. É que este dia 28 de Dezembro era, para todas nós, um dia especial, um dia de brincadeira em que quase tudo era permitido. Acho que nem lembrávamos muito o acontecimento real do dia.
A festa começava mal davam as doze badaladas no relógio da comunidade. Era uma correria para a dispensa, para "roubar " o que a querida Irmã S. Miguel já lá tinha deixado para nós mas que pensávamos ir surripiar. Depois, a invasão da cozinha para cada uma preparar as suas especialidades. A minha era o mousse de chocolate ...
Depois de termos provado o que cada uma preparara, seguia-se o cortejo que percorria os quartos das Madres a cantar-lhes qualquer coisa de semelhante com as Janeiras. E elas sempre correspondiam com os presentes adequados. 
Ao romper da madrugada, um tempinho de descanso, que de manhã havia que estar no coro para o Ofício de Matinas. Até porque quem ia presidir era a mais nova do Noviciado. Que honra e que atrapalhação!... Mas havia sempre "almas bondosas" que ajudavam...
À tarde era o tão desejado "regozijo" em que se juntavam postulantes, noviças e professas e em que apareciam iguarias mais requintadas. Aliás estas festas eram apenas mais três ou quatro vezes no ano. Daí o serem esperadas com tanta ansiedade. 
E o dia terminava com uma representação mais ou menos improvisada pelas noviças.
Bons tempos! dizem os desanimados. Outros tempos! afirmam os que acreditam que a viva construímo-la nós.
E nós, que temos Fé, recordamos o passado mas olhamos para o futuro certos que o Menino que nasceu nos sorri e espera que O acolhamos no nosso coração.

 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Sonho



Dormia
         e sonhava que
         a vida era só
         alegria.

Acordei
         e vi que apenas
         o serviço era
         vida.

Servi
          e verifiquei que
          o serviço era a
              Alegria.
                                                                                                  (Tagore)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A estrela











A Estrela sois Vós, Senhor Jesus!
Sois Vós que, pelo Vosso Evangelho,
conduzis os pequenos e os grandes
para a felicidade que Deus nos prometeu.

A Estrela sois Vós, senhor jesus!
Sois Vós que, com a Vossa presença,
iluminais os pequenos e os grandes;
sois Vós que fazeis brotar neles
a centelha da alegria
quando estão perdidos na noite da tristeza.

A Estrela sois vós, senhor Jesus!
Sois Vós que, pela vossa amizade,
aqueceis os pequenos e os grandes;
sois Vós que fazeis germinar neles
a chama da doçura
quando estão endurecidos no gelo da maldade.

Sois Vós, Senhor Jesus
a Estrela que brilha
para os habitantes da terra!
Charles Singer

domingo, 20 de dezembro de 2015

A caminho

Estamos já próximo.
Muito em breve nos será anunciada uma grande alegria: " Nasceu o nosso Salvador: Jesus Cristo Senhor"
E preparamo-nos. Preparamos os acessórios, tudo o que completa o Natal. Mas temos que nos centrar no que é, de facto, o Único: O Menino que é Deus e se fez Homem para nos salvar.
Preparamos as nossas almas, o nosso coração, a nossa disponibilidade, para O receber a Ele e para acolher os que Ele nos envia: os Amigos, os conhecidos, os que passam ao nosso lado...
De coração aberto e alegria na alma podemos ajoelhar diante do presépio e saudar Jesus.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Advento caminho de conversão


Cada uma das semanas  que  nos  separam   do Natal  é  uma  forma de apelo à conversão. E a conversão é a nova oportunidade que Deus dá a todos os Homens. Quaisquer que tenham sido os nossos erros, as nossas dificuldades, as nossas tentações, Deus espera-nos do outro lado da linha que separa o que fomos do que queremos ser.
O Advento é sempre esta caminhada ao encontro da Vontade do Pai; é sempre voltar atrás e recomeçar.
Obedecer ao que Deus nos pede não é simplesmente dizer Sim . É antes proceder de acordo com esse Sim; é orientar a nossa vida para a fidelidade ao compromisso feito; é estar atento, em cada momento,à solicitação da Graça.
Maria disse Sim, quando da Anunciação mas depois, toda a sua vida esteve de acordo com esse Sim inicial, na disponibilidade absoluta. E o seu Sim foi da concepção à cruz e depois, na presença à Igreja nascente.
O nosso sim tem que ser o sim de cada dia, o sim da conversão, na aceitação da vontade do Pai; o sim que nos leva, com alegria, até Belém.
Lá, o Menino dirige-nos o seu apelo, convida-nos para que o sigamos, para que mudemos a nossa vida, se necessário for, para nos pormos de acordo com os pedidos do Pai, para nos parecermos com a Mãe que lá, também nos olha com amor.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O encontro


"... Maria dirigiu-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel..."

Maria dá-nos o exemplo de solicitude: vai apressadamente, vai ao encontro de sua prima sem olhar para trás, sem hesitar. E o Menino que traz no seu seio enche Isabel de alegria.
É isso o Natal: Maria que nos dá o seu Filho, o Deus feito Menino que vai encher de alegria o nosso coração. Como João Baptista no seio de Isabel...
Mas para isso, temos que ter o coração preparado, temos que ter deixado a nossa "zona de conforto" e ter ido... mais além, com os nossos propósitos, o nosso despojamento, a nossa disponibilidade.
E temos que ter espalhado ao nosso redor a alegria da certeza da vinda de Jesus.
E se olhámos para trás? E se nos vemos no mesmo lugar, com os mesmos erros, a mesma falta de esforço, a mesma falta de acção? E se não fomos diligentes em levar a novidade da vinda do Senhor?
Nada está perdido. É tempo de recomeçar e "fazer novas todas as coisas" mesmo e sobretudo as que fizemos mal. O Senhor está próximo e espera-nos.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

domingo, 13 de dezembro de 2015

As grandes decisões

Terminou a Conferência sobre o clima. Estavam presentes quase 200 representantes de outros tantos países.
A Conferência terminou com um "acordo histórico" bastante satisfatório, dizem...
Todos se vão esforçar para que diminuam as situações poluentes que contribuem para o "efeito de estufa"  e o aquecimento global.
Optimo! Bem preciso era...
Realmente o clima tem tido uma evolução altamente negativa. Por um lado, uma temperatura que nos faz pensar que estamos ainda no Outono ou já na Primavera. Por outro, chuvas intensas ou ausência dela. Duas realidades contraditórias e incongruentes.
Os ecologistas afirmam que estamos a dar cabo do planeta e os nossos netos não vão ter futuro. Eu até acredito muito embora saiba que "os planos de Deus são insondáveis". E talvez não meter Deus nos erros que os homens cometem e começarmos nós a diminuir os males que a nós dizem respeito: não desperdiçar água, não queimar nem arrasar  as florestas, usar menos combustíveis de origem fóssil, simplificar os detergentes, etc..
Cada um de nós, sozinho, não pode resolver os grandes problemas da humanidade mas pode contribuir com a sua quota parte para que eles vão diminuindo nas suas consequências funestas.
"Querer é poder"
E talvez também pedir ao Pai que estes "acordos históricos "não fiquem apenas no papel .
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Ir... sem bagagem

O tempo vai passando...
Os dias vão-se escoando...
E nós vamos olhando para o fim, para esse dia D, maravilhoso, magnífico, do nascimento de Jesus.
Continuamos tentando percorrer o caminho que nos falta, tentando percorrê-lo na paz e na alegria. Ao mesmo tempo deviamos ter presente a recomendação que S. Lucas nos faz, da parte de Jesus: " Ide... não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias, nem dinheiro..."
Vamos... anunciar que Jesus nasce e transmitir a Sua mensagem de Fé e de Esperança, de Certeza e de Verdade.
E o que quer Jesus transmitir ao falar nesta "ausência de bagagem"?
Não vale a pena pensar em situações complexas, em planos elaborados. Naturalmente estaríamos longe de os conseguir cumprir. Estes sonhos de desprendimento e pobreza total não passam disso mesmo... sonhos!
Levar o Evangelho "à letra" , partir sem farnel nem bagagem, sem dinheiro nem programa... é uma dimensão que não é pedida a todos. Mas o que o Senhor solicita de cada um isso sim!... é que olhemos com amor para os que nos rodeiam, acolhamos os que se aproximam de nós, espalhemos a Alegria neste mundo em que impera a ansiedade e a preocupação.
E que testemunhemos a força que vamos buscar à oração mesmo que seja apenas uma Ave Maria bem rezada .
Alimentemos a nossa confiança, a nossa Fé, a nossa esperança diante do presépio, enquanto esperamos a chegada do Menino com a Sua Paz.
Ele vem... Está quase a chegar!
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Em Dezembro...

O mês de Dezembro é um mês extraordinário, mês de reflexão e de festa.
Começa com o Advento, tempo de interiorização que prepara a festa do nascimento de Jesus e termina com os acontecimentos em torno deste facto.
Mas inicia-se mesmo com um acontecimento que não pode passar despercebido - o 1º de Dezembro, a comemoração da Restauração da Independência de Portugal. Claro que, com o facto de ter deixado de ser feriado, passou a parecer menos importante. Aliás, muitos de nós gozávamos essa folga sem interiorizar o que representou para os portugueses a libertação do jugo castelhano. Já lá vai há 4 séculos!... Mas entenderam-no e bem aquele punhado de homens que entrou no Paço da Ribeira, matou Miguel de Vasconcelos, pôs em fuga a Duquesa de Mântua e proclamou Rei D. João,Duque de Bragança. 
Acho que também a interiorizou bem aquele Rei que, em Vila Viçosa declarou Nossa Senhora Rainha e Padroeira de Portugal, coroando-a com a sua própria coroa. E por causa dela, que é Mãe, Padroeira , Raínha, a Imaculada Conceição, não foi possível eliminar o feriado do dia 8, um dos quatro feriados religiosos que se manteve, depois do acordo com o Estado em prole da economia do país.
E o mês de Dezembro vai prosseguindo, aproximando-se do Natal de Jesus.
Vão aumentando as iluminações nas ruas, vão aparecendo os enfeites de Natal e as Boas Festas vão adornando montras e portais. Vamos vendo árvores enfeitadas nas lojas e, em casa surgem os presépios...
Vivamos estes dias de preparação em clima de reflexão, de oração, de acção de graças. Vivamo-los com Fé e em esperança.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

solenidade




                                     
   Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria                              










segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Dúvidas e certezas

" Senhor, se não estás aqui, se estás ausente, onde vos procurarei?" Sto Anselmo
É o grito que muitas vezes nos sai do fundo da alma. Quando nos assalta o desânimo, quando à nossa volta tudo é dúvida, quando queríamos sentir o consolo da presença de Deus...
Muitas vezes parece ser impossível contactar Deus ,entrar em relação com Ele. O nosso entusiasmo, o nosso querer e o nosso esforço não são suficientes para termos a certeza desse encontro.
É que continuamos sem nos lembrar que o nosso Deus é um "Deus escondido", ausente... Um Deus que é Pai, que está atento a cada um de nós e às nossas necessidades, alegrias e dificuldades, mas que espera que o procuremos com insistência, com vontade e sem a certeza de podermos dizer "Está aqui!". Um Deus que nos aguarda ansioso, como o pai do filho pródigo, mas que quer que demos o primeiro passo. É um Deus que, como Pai, segue o percurso dos seus filhos e não os quer perdidos, mas...
É um Deus que, para ser encontrado, exige um clima de silêncio, de despojamento, de entrega. precisa que estejamos dispostos a despir todas as nossas certezas e parar, na simplicidade do nosso eu para dizer: Estou aqui.
Então, no silêncio "na brisa suave, na réstea de luz" Deus fala ao nosso coração, apaga as nossas mágoas, cura as nossas feridas, dá novo ânimo ao nosso desânimo.
E, sem darmos por isso, estamos ajoelhados na gruta de Belém e contemplamos o Menino que nos sorri.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.


domingo, 6 de dezembro de 2015

O princípio

"Tudo começa com um encontro" 
Encontramos por aí escrito nas paredes do Colégio. E é verdade. Tudo começa, cada ano, com o encontro com o Menino de Belém. O encontro com Aquele que o Pai enviou para nos levar até Ele, o encontro com o Deus feito homem que quis fazer-se pequenino, pobre, humilde e nascer numa gruta para que todos tenham um lugar junto dele. Ali não há rico nem pobre, letrado ou ignorante, judeu ou grego... Ali apenas o acolhimento de Jesus e o despojamento do homem. Vieram pastores e vieram Magos; houve prendas humildes e presentes grandiosos... A todos Jesus aceitou com o mesmo carinho e a mesma alegria.
Tudo começou com este encontro... Talvez...Porque, na verdade, tudo começou com a Palavra , "a voz daquele que clama no deserto", que anunciou que a salvação havia de vir, que o futuro seria diferente;que nos mandou "aplanar os caminhos e endireitar as veredas ".
Foi com João Baptista e a Palavra que do Alto o inundou, que tudo teve início.
Ou antes, quando os antigos, em séculos anteriores, esperavam "o que havia de vir" também eles confiantes no anúncio que lhes tinha sido feito.
Neste segundo domingo do Advento voltemos a pensar no que nos falta para tornar grande este encontro da noite do Nascimento de Jesus.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Num banco de jardim...

Ouvi hoje uma canção de Carlos do Carmo que me transportou rapidamente a outros lugares e a outros tempos:
            Num banco de jardim
            Uma velhinha...
Voltei aos meus tempos de estudante e a este Jardim da Estrela que atravessava todos os dias.
Lá estavam as velhinhas, sós ou com os seus cães, olhando os pombos que as rodeavam e gozando os últimos raios de sol. E esperando... talvez nem elas sabiam o quê!
Mas, neste tempo de Natal, certamente um presente, que não tem que ser, necessàriamente, material. Pode ser simplesmente um sorriso, uma palavra simpática, um gesto de carinho. Afinal, estas também são formas de presente!... E, não sei se mais importantes do que aqueles que se compram e se dão muito enfeitados e, quantas vezes, vazios de afecto.
Uma velhinha num banco de jardim...
Não teremos no"jardim de nossa casa" velhinhas sentadas, esperando o nosso carinho, a nossa atenção, o nosso apoio?
É Natal! Altura para receber e transmitir o Amor do Pai que nos ofereceu o Seu Filho.
Não deixemos que estes dias de preparação sejam demasiado preenchidos com a compra e o arranjo dos tais presentes e nos impeçam de ver os que, ao nosso lado, aguardam o nosso sorriso.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A aposta de Deus

Deus apostou no homem... quando o criou, quando está presente nas suas aspirações, nos seus anseios, nas suas dores.
Apostou de tal maneira no homem que lhe deu o Seu Filho, feito Homem, para que o salvasse.
E estamos caminhando para a celebração desse dia de dádiva em que festejamos o nascimento de Jesus. Estamos percorrendo estas quatro semanas que nos separam dessa ocasião única, sempre repetida e sempre nova. Iniciámos com o 1º domingo do Advento o novo ano litúrgico, uma nova etapa, um novo tempo de aperfeiçoamento, uma nova festa. 
Mas, preparámos este começo de ano? Despejámos as nossas "malas" de toda a inutilidade que as vai enchendo ao longo do ano?Despimos todos os ornamentos , mais ou menos válidos, com que tentámos testemunhar o nosso Eu? Limpámos a nossa alma de vaidades, tentações, orgulho? Este é o tempo de o fazermos...
É que o Deus que esperamos é uma criança que nasce numa gruta, que é envolta em panos, deitada numa manjedoura, porque " não havia lugar para eles na hospedaria"
Que haja lugar para Jesus no nosso coração de criança, na simplicidade dum sorriso de confiança, na alegria da transparência do nosso ser.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Banco Alimentar

" O pão nosso de cada dia nos dai hoje..."
Esta frase do Pai Nosso martelou-me na cabeça durante este fim-de-semana, dias em que se fazia o peditório para o Banco alimentar.
Centenas de voluntários , espalhados pelos centros comerciais, convidavam os que iam fazer compras a partilhar com os que têm necessidades. E uns davam o que lhes sobrava; outros, o que lhes faria falta; outros ainda, passavam sem olhar.
Não pude deixar de pensar no óbolo da viúva que deitou duas pequenas moedas... tudo quanto tinha. E, por contraste, recordei o jovem rico que se afastou de Jesus com tristeza porque não foi capaz de partilhar os seus bens.
Mas podemos pensar noutros exemplos positivos como o de Zaqueu. Ele apenas queria ver Jesus... Mas, depois de O ver, mudou tudo na sua vida. Restituiu o que tinha tirado aos que havia enganado e deu metade dos seus bens aos pobres.
Foram temas para este fim de semana mas podem, de alguma maneira, preparar a nossa caminhada até à gruta de Belém. 
Ao longo destas quatro semanas vamo-nos despindo dos bens que nos atrapalham; vamos restituindo aos outros aquela alegria , aquela confiança que talvez lhes tenhamos tirado; vamos partilhando o que temos em excesso ou mesmo o pouco que possuímos.
De alma renovada e coração mais livre estaremos em condições de percorrer o caminho que nos leva até ao Natal e responder ao Amor do Menino que nos espera no presépio.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

domingo, 22 de novembro de 2015

Festa de Cristo Rei

Tu és Rei ? perguntou Pilatos
Tu o dizes. - respondeu Jesus. Mas o meu Reino não é deste mundo.
É a afirmação dum Reino de alegria , de paz, de cooperação; dum Reino em que não há atentados, nem provocações nem ameaças.
Mas, neste Reino também há "soldados", a milícia celeste dos Anjos, das Virgens e dos Mártires. Também há "exércitos" de cristãos  que procuram espalhar a Verdade, praticar as obras de Misericórdia, ensinar a Justiça. E aqui, alinham os Dominicanos  com os seus 800 anos de existência a ensinar ao mundo a Verdade do Evangelho, a dar todo o seu esforço por essa Verdade, a entregar a vida pelos Valores do Evangelho.
Uns e outros, Dominicanos ou simples cristãos, como baptizados, têm como "armas" a Fé, a Esperança e a Caridade, que o Espírito Santo lhes depositou no coração.
Uns e outros usam "munições": a pregação, a solidariedade, o testemunho.
" O meu Reino não é deste mundo"... Mas é neste mundo que vivem e desenvolvem a sua actividade os que n´Ele acreditam.
Dia de Cristo Rei! Noutros tempos, a Sé enchia-se do grito de cristãos comprometidos: 
" Abram alas terra em fora..."
Fiz parte desse grupo.
Hoje, precisamos de continuar a gritar que estamos aqui e queremos testemunhar  que pertencemos a esse Reino que começa aqui e tem a sua glória na eternidade.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A vontade de Deus

" Pai , que se faça não a minha vontade mas a Tua ..." foram palavras de Jesus naquela noite terrível de solidão e angústia. Só, inquieto, em oração, enquanto os discípulos, os amigos, dormiam...
Era a angústia de ter que escolher entre a Sua Vontade e a do Pai. Era a tentação de seguir o Seu querer e não aquilo que Deus Lhe pedia. Como Homem que era, tinha a liberdade de todos os filhos de Deus que os cria livres.Podia ter feito outra opção que não a que se traduzia em entrega, paixão e morte. Mas não quis.
Cada um de nós, ao rezar o Pai Nosso, repete este pedido..." Seja feita a Vossa Vontade..." , a vontade do Pai.
Mas nem sempre é fácil conhecer esta Vontade muito embora Ele no-la mostre na oração, nos sinais dos tempos, na vontade dos outros. Mas, mais difícil ainda é ser fiel, é cumprir essa Vontade. Mas, Deus não nos salva sem a nossa colaboração e para isso, nos oferece o Seu amor misericordioso de Pai.
Estejamos atentos e tenhamos tudo isso presente quando dissermos Pai nosso...
  Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Dar...

Jesus estava junto à caixa das esmolas e observava os que iam deitando as esmolas.
Uma pobre viúva veio e deitou duas pequenas moedas. E o Senhor elogiou-a não pelo valor da esmola, que era pequeno, mas porque ela dera tudo quanto tinha.
Quando dispomos do nosso tempo, quando ultrapassamos as nossas faltas de entusiasmo, quando esquecemos os nossos afazeres, para escutar, dar um conselho, ouvir uma palavra de preocupação, não estaremos a fazer como a viúva, a dar tudo quanto temos?
Nem sempre possuímos muito para dar; nem sempre nos é fácil sair da nossa zona de conforto para ir ao encontro dos que precisam de nós; nem sempre nos disponibilizamos para ultrapassar os nossos cansaços, os nossos trabalhos, as nossas dores; nem sempre estamos dispostos a escutar, apoiar, dizer a palavra certa no momento oportuno.
Mas quando o fazemos... não estamos a ser imagem da viúva pobre que deu tudo quanto tinha? Também somos pobres e fazemos um esforço para dar... mesmo o que não temos: tempo, alegria, entusiasmo...
Ela confiou ! 
Porque não pensamos que aqueles minutos que oferecemos, aquelas palavras que procuramos para curar uma ferida, aquele trabalho que deixamos de fazer, terão, junto do Pai, a sua recompensa?
Nosso Senhor não elogiou o presente insignificante da viúva?
É tudo uma questão de perspectiva... 
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Pedi e recebereis

Que queres que eu faça? pergunta Jesus
Senhor, que eu veja! respondeu o cego
Quantas vezes o Senhor nos dirige esta pergunta, nos momentos de dúvida, de inquietação, de incerteza!...
Só que nós não fomos ao Seu encontro, não parámos para Lhe pedir ajuda, não manifestámos a nossa Fé. Por isso, não escutámos a Sua pergunta, não percebemos que Ele quer atender à nossa dificuldade.
O cego levantou-se, deslocou-se atrás do Mestre, deixou a sua capa e pediu: Tende piedade de mim, Senhor. Por isso, foi acolhido, escutado e saiu curado. É esta atitude que nos falta:
. O movimento ao encontro de...  O cego foi!
.A proclamação da Fé... a afirmação do cego- Jesus Filho de David!
.O despojamento das ideias feitas, das intenções elaboradas... ele largou a capa!
. A humildade do pedido... Senhor, tem piedade de mim!
Ajoelhemo-nos aos pés de Jesus, que da cruz nos olha com Amor, e apresentemos-Lhe, confiantes, o que temos e o que somos. Mostremos-Lhe a nossa Fé e manifestemos o nosso amor. E Ele, curará os nossos males e aumentará a nossa confiança e dar-nos-á uma nova vida.

Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.


domingo, 25 de outubro de 2015

Nova oportunidade

Escutando o texto do Evangelho de S. Lucas que nos fala da figueira que não dá frutos há três anos e da atitude do agricultor que a procura proteger, não podemos deixar de pensar no significado, para nós, deste texto. Qual o apelo que ele nos dirige? Que lição nos procura dar? Que ensinamento pretende transmitir-nos?
O dono do terreno, como é natural, não está disposto a ter uma árvore que consome o terreno e não produz frutos. Propõe cortá-la.
Mas o agricultor, homem caridoso, preocupado com os bens que lhe foram confiados, acreditando nas "segundas oportunidades", pede clemência para a figueira descuidada, indiferente e ingrata. Promete que vai cavar à volta, regar, pôr adubo... Enfim! fazer tudo o que está ao seu alcance. Se nada conseguir, então o dono do terreno poderá mandar cortar a árvore.
E quem é este agricultor empenhado, caridoso, que tudo tenta para conseguir resultados? Nem mais nem menos do que a imagem de Jesus que tudo faz para que " nem um só se perca" daqueles que o Pai lhe confiou.
Mesmo quando nada queremos, quando a nossa Fé é diminuta ou nula, quando nos afastamos à procura duma vida sem fruto nem flor, Jesus lá está, chamando, falando ao nosso coração, mostrando o caminho que nos trará à casa do Pai, que nos restituirá a Felicidade.
Com Ele, temos sempre uma nova oportunidade. Aproveitemo-la.

Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

sábado, 24 de outubro de 2015

Necessidade da persistência

Quem pede recebe...
Quem procura encontra...
Quem chama abrir-se-á.
No capítulo 7 do Evangelho de S. Mateus encontramos estas afirmações que podem tornar mais firma a nossa Fé.
No fundo, S. Mateus chama a nossa atenção para a certeza de que Deus tem presente as nossas necessidades e anseios e não fica surdo aos nossos pedidos.
Nós às vezes é que não temos bem essa certeza...
Talvez por isso, simultaneamente, o autor nos alerta para a importância da nossa oração, do nosso esforço, do nosso empenhamento; para a necessidade do nosso pedido.
É que," recebe quem pede, encontra quem procura, abre-se a porta a quem bate..." É a atitude precisa da nossa parte.
Deus estás sempre atento às nossas dificuldades, mas quer que lhas lembremos, que lutemos para as ultrapassar, que façamos a nossa parte, confiantes de que Deus faz a d´Ele.
Às vezes temos a sensação de que o Pai está insensível às nossas preces, não atende às nossas súplicas, não está atento às nossas necessidades... Esquecemo-nos que o nosso Deus é um Deus ausente que quer que o busquemos  e se manifesta de modo diferente daquele que esperaríamos.
 E depois, não será que pedimos aquilo que não é o melhor para nós? Será que o que solicitamos está em uníssono com a vontade de Deus a nosso respeito? Não será que as Graças que Ele nos concede são as que mais necessitamos e nós nem nos apercebemos disso? 
Há que parar, reflectir, julgar. Depois... Compreendemos.
Ir. M. Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Compras

Sair para compras a uma grande superfície é um exercício que pode constituir um divertimento mas simultaneamente é um treino de paciência e uma aprendizagem de vária ordem.
Por exemplo, ir ao talho do Pingo Doce é mais ou menos como ir a uma consulta ao hospital. Há que chegar... tirar uma senha e esperar a nossa vez. E esperar mais ou menos tempo conforme o movimento de clientes e aquilo que cada um quer e como quer: partido, com um corte, com vários,etc.  Parecem os tratamentos dum poli-traumatizado...
Enfim! Chegou o nosso número. E é uma porção disto, uns quilos daquilo, um coelho cortado e outro inteiro, um frango com cabeça mas sem unhas e uns bifes fininhos.
E vamos embora. Não, não vamos, porque ainda há que passar pela caixa para pagar. E nova fila nos espera. Enfim... agora é que só falta arrumar as compras no carro e regressar a casa.
Mas enquanto esperei, estive ocupada a observar o que me rodeava. E vi aquelas senhoras de idade que, incapazes de empurrar um carro de compras, transportam apenas duas ou três coisas. Mas a sua espera foi igual à minha... E aquelas mães de família que, para além dum carro cheio de compras levam ainda um bebé ao colo  e outro pela mão. Festinha aqui, repreensão acolá e, no meio, o olhar para a lista e ver o que ainda falta . Como conseguem ?!...
Digam lá que não é um tempo de aprendizagem bem completo!
Saibamos aproveitar as lições que o nosso dia-a-dia nos dá e tirar as conclusões que se nos impõem.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A cruz

Trago ao peito uma cruz sem crucifixo, uma cruz que foi trazida da Irlanda pelas primeiras Irmãs, as que fizeram lá o seu Noviciado.
É uma cruz branca e negra, que uso desde a profissão e nunca chamou a minha atenção, muito embora soubesse desde sempre que nela, o crucificado era eu. Nunca pensei muito nisso, logo não fiz qualquer interpretação mais profunda.
Mas ontem, não sei por quê, vi-a reflectida no vidro da janela e isso, provocou-me uma sensação estranha. Aquelas duas cores... Não são por acaso, não estão ali apenas por serem as cores dos Dominicanos... É que têm ou devem ter outro significado: o branco, alegria do dom feito, das graças recebidas, da felicidade partilhada; o negro, o sacrifício, a dor, a participação na paixão de Cristo.
Branco e negro... as cores da cruz que trago ao peito e que devem traduzir o Sim da minha vida.
                 Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Agradecer é preciso!

Ao chegar de Benfica, da Missa de corpo presente do Frei Xavier, abri o Evangelho de S. Lucas. Deparei-me mais uma vez com a passagem da cura dos dez leprosos. Novamente aquela sensação estranha de constatar que apenas um voltou para agradecer.  Também Jesus fez notar a ausência dos outros nove. Até perguntou : ... onde estão os outros? 
Quantas vezes fazemos como esses homens?!... Fazemos os nossos pedidos, repetimo-los se necessário e depois, quando atendidos, esquecemos o nosso obrigada.
Geralmente não concordo com o sr. P. Dâmaso que diz muitas vezes que nós só sabemos pedir. Afinal foi mesmo Jesus que nos incentivou a fazê-lo : "Pedi e recebereis "... Mas ao ler o texto de S. Lucas, começo a dar alguma razão ao nosso capelão, muito embora apenas numa faceta do problema, a nossa falta de agradecimento.
E isto não  acontece  apenas com Deus. Também com aqueles que nos ajudam, que nos apoiam, que estão habitualmente ao nosso lado e nos estendem a mão para nos levantar quando caímos.
Agradecer é preciso e é tão fácil que nos esqueçamos disso...
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.


domingo, 11 de outubro de 2015

Padres...homens como os outros?

Olho o sacerdote que se está a preparar para a celebração deste domingo. E penso no conceito que tantas vezes fazemos do padre: aquele personagem distante, investido em poderes divinos, ministro dos sacramentos...
Se é um frade, pior ainda porque traz com ele a carga duma comunidade, a estrutura duma vida em comum, a obrigatoriedade duns votos feitos.
E esquecemo-nos de que por detrás de tudo isso está o Homem, com os seus dons e as suas fragilidades, os seus anseios e as suas decepções, as suas lutas e as suas vitórias.
Está um homem ,como Zaqueu ou como Mateus, a quem Jesus chamou. Só que, em vez de se retirar compungido, como o jovem de que o Evangelho hoje falava, disse o seu Sim e O seguiu.
O padre é um homem que, no momento da Consagração, torna Cristo presente e, como Ele, está disposto a dar e a dar-se. Mas não é Deus nem ainda santo. E por isso, sofre, erra, recua e... recomeça. 
Recordo algumas notícias de jornal em que só o erro serve de assunto e lamento que seja tão pobre a ideia que fazemos do sacerdote. Ele é um homem mas dedicou a sua vida ao serviço dos homens. Merece o nosso apoio, a nossa estima, a nossa oração. Precisa da nossa compreensão e também do nosso incentivo.
Que o Pai olhe para a Igreja e perante as suas fragilidades faça o apelo a muitos jovens para que O sigam.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.

sábado, 10 de outubro de 2015

Nós e o Tempo

Geralmente, que estamos a pensar quando falamos de tempo? Acho que nem mais nem menos do que das condições atmosféricas. Hoje, por exemplo, estaríamos a lamentar o tempo horrível que se faz sentir: Vento, chuva, nevoeiro... Estamos no Outono e a chuva faz muita falta, mas... Portugal é o país da Europa com mais dias de sol , dizem as estatísticas... Logo, chuva e mau tempo é sinónimo de sacrifício para os que têm que sair e de neurastenia para os que o não podem fazer.
E mais uma vez estou a falar de condições atmosféricas!...
Mas a Bíblia fala-nos de outro Tempo. Por exemplo o Eclesiastes diz-nos que "há um tempo para nascer e um tempo para morrer... tempo para chorar e tempo para rir... um tempo para acumular e outro para dispersar..."
Um tempo para viver! É uma chamada de atenção, um imperativo para que aproveitemos, hoje e aqui, os dons que recebemos, o tempo que nos foi dado para realizarmos a Missão que o Pai nos confiou. É um incentivo para que agarremos a alegria e a felicidade que passam ao nosso lado e temos que construir e transmitir. Talvez um apelo para nos lembrar que temos que ser nós mesmos e que temos que distribuir pelos que nos rodeiam as graças que de Deus recebemos.
"Há um tempo para viver !" Tempo único, que temos que aproveitar e dele dar contas. Não vale a pena fechar os olhos, lamentar o mau tempo, proceder como se não houvesse amanhã... 
O Pai está connosco e é hoje que é preciso viver.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.