Recordar é viver..." diz o poeta

A festa começava mal davam as doze badaladas no relógio da comunidade. Era uma correria para a dispensa, para "roubar " o que a querida Irmã S. Miguel já lá tinha deixado para nós mas que pensávamos ir surripiar. Depois, a invasão da cozinha para cada uma preparar as suas especialidades. A minha era o mousse de chocolate ...
Depois de termos provado o que cada uma preparara, seguia-se o cortejo que percorria os quartos das Madres a cantar-lhes qualquer coisa de semelhante com as Janeiras. E elas sempre correspondiam com os presentes adequados.
Ao romper da madrugada, um tempinho de descanso, que de manhã havia que estar no coro para o Ofício de Matinas. Até porque quem ia presidir era a mais nova do Noviciado. Que honra e que atrapalhação!... Mas havia sempre "almas bondosas" que ajudavam...
À tarde era o tão desejado "regozijo" em que se juntavam postulantes, noviças e professas e em que apareciam iguarias mais requintadas. Aliás estas festas eram apenas mais três ou quatro vezes no ano. Daí o serem esperadas com tanta ansiedade.
E o dia terminava com uma representação mais ou menos improvisada pelas noviças.

E nós, que temos Fé, recordamos o passado mas olhamos para o futuro certos que o Menino que nasceu nos sorri e espera que O acolhamos no nosso coração.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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