segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Dar...

Jesus estava junto à caixa das esmolas e observava os que iam deitando as esmolas.
Uma pobre viúva veio e deitou duas pequenas moedas. E o Senhor elogiou-a não pelo valor da esmola, que era pequeno, mas porque ela dera tudo quanto tinha.
Quando dispomos do nosso tempo, quando ultrapassamos as nossas faltas de entusiasmo, quando esquecemos os nossos afazeres, para escutar, dar um conselho, ouvir uma palavra de preocupação, não estaremos a fazer como a viúva, a dar tudo quanto temos?
Nem sempre possuímos muito para dar; nem sempre nos é fácil sair da nossa zona de conforto para ir ao encontro dos que precisam de nós; nem sempre nos disponibilizamos para ultrapassar os nossos cansaços, os nossos trabalhos, as nossas dores; nem sempre estamos dispostos a escutar, apoiar, dizer a palavra certa no momento oportuno.
Mas quando o fazemos... não estamos a ser imagem da viúva pobre que deu tudo quanto tinha? Também somos pobres e fazemos um esforço para dar... mesmo o que não temos: tempo, alegria, entusiasmo...
Ela confiou ! 
Porque não pensamos que aqueles minutos que oferecemos, aquelas palavras que procuramos para curar uma ferida, aquele trabalho que deixamos de fazer, terão, junto do Pai, a sua recompensa?
Nosso Senhor não elogiou o presente insignificante da viúva?
É tudo uma questão de perspectiva... 
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

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