Olho o sacerdote que se está a preparar para a celebração deste domingo. E penso no conceito que tantas vezes fazemos do padre: aquele personagem distante, investido em poderes divinos, ministro dos sacramentos...
Se é um frade, pior ainda porque traz com ele a carga duma comunidade, a estrutura duma vida em comum, a obrigatoriedade duns votos feitos.
E esquecemo-nos de que por detrás de tudo isso está o Homem, com os seus dons e as suas fragilidades, os seus anseios e as suas decepções, as suas lutas e as suas vitórias.
Está um homem ,como Zaqueu ou como Mateus, a quem Jesus chamou. Só que, em vez de se retirar compungido, como o jovem de que o Evangelho hoje falava, disse o seu Sim e O seguiu.
O padre é um homem que, no momento da Consagração, torna Cristo presente e, como Ele, está disposto a dar e a dar-se. Mas não é Deus nem ainda santo. E por isso, sofre, erra, recua e... recomeça.
Recordo algumas notícias de jornal em que só o erro serve de assunto e lamento que seja tão pobre a ideia que fazemos do sacerdote. Ele é um homem mas dedicou a sua vida ao serviço dos homens. Merece o nosso apoio, a nossa estima, a nossa oração. Precisa da nossa compreensão e também do nosso incentivo.
Que o Pai olhe para a Igreja e perante as suas fragilidades faça o apelo a muitos jovens para que O sigam.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro,O.P.
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