Ler jornais, ver televisão ou ouvir notícias na rádio podem proporcionar-nos momentos de grande satisfação ou causar angústias e inquietações.
Ontem, grande euforia com a abertura do mundial, os casamentos de Santo António e as marchas populares. Quase esqueciam as lutas no Iraque, o encontro histórico dos líderes Palestiniano e de Israel com o Papa, as lutas internas dos partidos, os atentados nalguns pontos do mundo.
A comunicação social é pródiga em espalhar notícias, quaisquer que elas sejam mas sobretudo as que mais "fazem o momento". É o seu trabalho muito embora às vezes não sejam tão isentos quanto gostaríamos.
Ontem, em todos os meios de comunicação social os grandes títulos eram, sem dúvida nenhuma , para o mundial de futebol. É o acontecimento do ano!...
Depois, em segundo plano, as manifestações que no Brasil se fazem sentir, contestando despesas que impedem melhorias em sectores essenciais. E que deram ocasião a prisões, feridos e mesmo mortes.
E por falar em mortes, lembrei notícias que têm vindo a ser comunicadas : jovens que entram em escolas e matam, indiscriminadamente, adultos e crianças.
Choca-me! Não o modo como as notícias são dadas mas as notícias em si mesmas.
E pergunto-me: O que leva uma pessoa, por mais desvairada que esteja, a praticar tal acto? O que faz um pai, como aconteceu outro dia aqui em Portugal, atirar contra a família e matar duas pessoas?
O que leva um cidadão a esquecer a sua condição de Homem, de criatura com direitos e deveres, e praticar tais actos? Onde estão os valores de cidadania que todos os homens devem possuir por mais ignorantes e primitivos que sejam?
Não tenho resposta mas acho que é motivo para reflectirmos.
Temos que pensar na formação que damos aos nossos jovens... qual a noção de Deus e de paternidade divina que lhes transmitimos? Que valores influenciam o seu crescimento e a sua formação? Como lhes ensinamos a confrontarem-se consigo e com os outros?
Mais perguntas para as quais continuo sem respostas...
Mas, neste mundo em que os valores parecem andar esquecidos, somos nós , os que acreditamos, que temos que dar testemunho da nossa Fé.
Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
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