quarta-feira, 4 de junho de 2014

A partilha

No fim-de-semana passado realizou-se a campanha a favor do Banco Alimentar contra a Fome.
Parece que este ano rendeu menos do que na campanha similar do ano passado. Motivos? Encontram-se com toda a facilidade: a crise, claro! que aparece em primeiro lugar porque afecta todos, mesmo os generosos. Mas depois, temos que pensar que foi o primeiro fim-de-semana de bom tempo, o que levou muita gente para a praia. Logo, não visitaram supermercados.
Mas a campanha fez-se. E mesmo assim, apareceram muitos voluntários para colaborarem  e quase todos os que entravam nos supermercados saíam oferecendo qualquer coisa.
É a acção solidária que toca sempre o coração dos portugueses. Com mais ou menos facilidades, mais ou menos quantidade de bens, todos querem contribuir para ajudar aqueles que ainda têm menos do que eles.
E ao ver esta boa vontade, muitas vezes dos que têm pouco, lembro a viúva do Evangelho que deitou duas pequenas moedas na caixa das esmolas. Era tudo o que ela tinha. E Jesus elogiou-a dizendo que tinha dado muito porque dera tudo.
Ao mesmo tempo, lembro outras passagens da Bíblia em que se diz que "todos somos irmãos" e que " os que se convertiam vendiam o que tinham e repartiam por todos".
Pensando em tudo isto, pergunto-me qual foi o contributo dos "senhores da riqueza";como entram nesta partilha os grandes industriais  e os donos das grandes fortunas.
Não defendo, de modo nenhum, uma sociedade sem classes nem uma distribuição equitativa de bens.Somos todos iguais, porque filhos de Deus, mas cada um com as suas capacidades e dons...
Mas gostaria que, ao rezarmos o Pai Nosso déssemos testemunho da nossa fraternidade e que a alegria da partilha fizesse parte do dia-a-dia daqueles que têm Fé e se dizem cristãos.
                        Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.
                             

Sem comentários:

Enviar um comentário