sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Saudosismo

Ontem, depois da chuva contínua, o dia estava razoável. Com um certo sentimento de saudosismo , fui dar uma volta pelas aulas, passei pelo ginásio, admirei a quinta da janela da Biblioteca e desloquei-me até à presa.
Debrucei-me no gradeamento que a rodeia  e fiquei a olhar a água que subiu bastante depois das chuvadas dos últimos dias.
Recordei a Neilma e tudo o que ela representou para o Colégio e, ao contemplar o verde das árvores reflectidas nas águas , lembrei outra professora, também Inglesa - a Avril. Esta, felizmente ainda está viva, embora a viver longe, em Moçambique.
Também teve as filhas no Colégio. Até a mais nova- a Carol - que era de Artes, pintou um quadro que tenho no meu gabinete e que mas torna mais presentes ainda.
A Avril também foi nossa professora e é nossa amiga. Encontramo-nos às vezes, quando vem a Portugal e se desloca até Sintra. Aliás, era em Sintra que morava, numa quinta que possui ali para os lados da Várzea. Muito próximo do Ramalhão, até.
No Colégio, ensinava Inglês ao primeiro ciclo mas, ao mesmo tempo, dava aulas de remo e acompanhava os alunos nos seus passeios na presa, de barco ou de "gaivota".
Não vou vez nenhuma até à presa que não a recorde. Aliás, ainda lá está o barracão com os barcos, os coletes, etc. As "gaivotas" é que se foram deteriorando...
Mas a lembrança da Avril e do cuidado que tinha com os alunos, a atenção que lhes dispensava, a preocupação com cada um, não se esquece.
São lembranças, são alegrias, são presenças.
A vida no Colégio é feita destas coisas, destas recordações que não se apagam, destas pessoas que passaram mas ficaram, com a sua dedicação, o seu entusiasmo, os seus talentos.
"Recordar é viver" diz o poeta e eu gosto de recordar os belos momentos que por mim passaram. Gosto de lembrar alunas que tive, pais que conheci, empregados que me ajudaram, professores que foram amigos.
Gosto de recordar os Sins e os Nãos que a vida me exigiu tendo sempre presente que "a vida depende de dois ou três sins e de dois ou três nãos ditos durante a Juventude"
                      Ir. Maria Teresa de Carvalho Ribeiro, O.P.

2 comentários:

  1. Olá Madre Teresa,
    Fui aluna do Colégio dos seis aos quinze anos, saí em 2006, aquando do encerramento do secundário e guardo num local muito especial do coração todos os momentos passados no Colégio, pois foi um verdadeiro porto de abrigo para mim. Crucial para a minha formação, aprendizagem e sobretudo para a minha vida. Mantenho ainda hoje contacto com alguns professores e Irmãs.
    Este texto da Madre Teresa trouxe-me muitas saudades e por isso deixo aqui este comentário pois fiquei emocionada ao recordar a Quinta e todos e tantos os momentos felizes que lá passei.
    A professora Avril foi minha professora de inglês na primária e é com estima e carinho que a lembro.

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  2. Enfim, consegui encontrar a minha fantástica professora de Ciências da Natureza!
    Sou a ZÉ pequenina(Maria josé), irmã da Irmã Rosa Catarina.
    Fico tão feliz por poder dizer-lhe que me marcou muito!...Positivamente. Sei que nem sempre o meu comportamento era exemplar, mas quis Deus que me tornasse também professora para experimentar na pele o que é a missão de um professor /educador. Lembro as aulas interessantes que dava. Gostava de ouvir falar de tudo quanto era bicho, planta,eu sei lá!...E disseram-me que a Madre gostava de corrigir os meus testes porque tinha quase tudo certo. Ou tudo. Obrigada pelo vosso empenho no ensino e nos valores que nos transmitiram! Se há coisa que adorava era ler montes de livros até não poder mais! Talvez por esse motivo tenha enveredado pela Literatura Portuguesa. Obrigada por tudo o que me deram!

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